Com quase mil casos de Aids, farmácias do Acre passam a vender teste rápido para HIV

O exame detecta a presença dos anticorpos contra o vírus HIV a partir da coleta de gotas de sangue. Kits devem estar disponíveis até o fim de julho.

O Ministério da Saúde autorizou a venda de testes rápidos de HIV em todo o Brasil e o produto passa a ser comercializado nas farmácias no fim deste mês. De acordo com a Secretária Estadual de Saúde (Sesacre), no estado há 955 casos de Aids confirmados e mais 450 portadores do vírus HIV.


Esse número, segundo o levantamento, vem crescendo desde de 2014, quando foram registrados 65 casos de HIV. Em 2015 foram 79 casos e em 2016, esse número subiu para 89. Na última atualização feita pelo setor de DST/Aids da secretaria, no primeiro semestre deste ano, já foram contabilizados 34 novos casos de HIV.


Atualmente, os testes para a confirmação do diagnóstico da doença são oferecidos gratuitamente na rede pública de saúde. Todos os anos são feitos em torno de 462 testes no estado.


Em maio deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a comercialização do “primeiro tempo” – um teste de farmácia para detectar o vírus HIV. O kit começa a ser vendido a partir do fim deste mês e vai conter um sachê com álcool, uma lanceta, uma pipeta de coleta e um capilar, onde será depositado o sangue para detecção do vírus.


O kit de teste rápido deverá ser comercializado por R$ 60 ou R$ 70, segundo o fabricante. O grau de sensibilidade e efetividade do produto é de 99,9%. Porém, segundo a Secretaria de Saúde do estado, caso o resultado venha a ser positivo, é extremamente importante buscar o atendimento especializado para obter a confirmação.


“A partir do momento em que a pessoa fizer o teste rápido, ela vai fazer uma triagem. No primeiro momento, se deu confirmatória, a pessoa vai ter que procurar uma unidade básica de saúde para confirmar, porque, como é uma triagem, é preciso uma confirmação e essa confirmação só é feita na unidade básica de saúde”, explica o coordenador de DST/Aids, Nelson Guedes.


O ideal é que sejam feitos dois testes no mesmo instante e, mesmo em caso de resultado negativo, a recomendação é que o procedimento seja repetido uma vez por mês durante três meses. Ainda de acordo com o coordenador, é importante que o resultado do teste seja observado após 15 ou 20 minutos porque, passado esse tempo, ele pode mostrar um falso positivo.


“As pessoas que vão fazer esse autoteste têm que ter a preocupação com o tempo. O manual fala que é de 15 a 20 minutos, se passar desse período, ele pode dar um falso positivo e a pessoa ficar desesperada”, alerta.


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