Jorge Viana (PT), membro titular da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, é um dos 11 senadores respondendo inquéritos no STF que vão sabatinar a futura procuradora geral da República, Raquel Dodge. Viana foi citado na delação da Odebrecht. Ele e o irmão, governador do Acre, Tião Viana (PT), receberam R$ 2 milhões para a campanha de 2010, ao governo do Estado, sendo R$ 1,5 milhão pago via caixa dois, segundo os delatores. O petista disse que as doações foram legais.
Raquel Dodge será sucessora do atual procurador geral, Rodrigo Janot, e terá a funções de investigar pessoas com foro privilegiado, como os parlamentares. O próprio presidente Michel Temer, responsável pela indicação da procuradora, é alvo de denúncia por corrupção passiva. Ela foi indicada para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), 19 estão enrolados na Justiça ou foram citados em investigações. Ela conta com apoio de caciques do PMDB, como o ex-presidente José Sarney e o senador Renan Calheiros (AL). Nos outros partidos, também não há resistência à nomeação, apesar de a procuradora não ter sido a primeira da lista. Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, o presidente da República tem indicado o nome com mais votos na ANP. Desta vez, contudo, o primeiro lugar ficou com o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino. No processo que julgou a cassação da chapa Dilma-Temer, ele pediu a perda do mandato do peemedebista.
Com informações do Congresso em Foco