Baixa umidade relativa do ar pode provocar aumento de doenças respiratórias

Alergologista dá dicas de como reduzir os efeitos do tempo seco. Últimas semanas, umidade relativa do ar chegou a 30%.

Nas últimas semanas, o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) tem alertado para a baixa umidade relativa do ar. Isso pode provocar o aumento dos casos de doenças respiratórias e também das queimadas.


Quem mora na Amazônia sabe que na maior parte da região esse período do ano é de seca e a situação se agrava por conta da baixa umidade relativa do ar, que tem ficado abaixo dos 30% nas últimas semanas.


“Os portadores de doenças crônicas, como asmas, bronquite, rinite e até portadores de doenças como cardiopatia e dos rins também podem sofre um pouco mais nessa época. Crianças, idosos e grávidas também estão mais suscetíveis”, destaco o médico alergologista Guilherme Pulici.


Ele também destaca alguns cuidados que podem amenizar e evitar complicações. “Hidratar-se bem. “Portadores de doenças respiratórias, por exemplo rinite, usar o soro fisiológico nasal, que ajuda umidificar a mucosa e as medidas caseiras como colocar toalha úmida no quarto, usar um recipiente com água e reduzir os efeitos mais adversos”, orienta.


Nas ruas, as pessoas tentam escapar do sol forte como podem. Messia Freitas é mototaxista e passa o dia interior com luva, manga longa e colete. “Todo cuidado é pouco com esse solzão”, argumenta. E pra quem precisa usar paletó? “O calor é demais, mas a gente vai se acostumando. Tem que se adaptar, porque a profissão pede”, completa Aurê Ribeiro Neto, promotor de Justiça.


A baixa umidade relativa do ar não causa apenas a sensação de mais calor, mas também um aumento na busca por atendimentos nos postos e centros de saúde da cidade. A maioria dos pacientes apresenta sintomas de doenças respiratórias.


A dona de casa Jurivanilde Batista procurou atendimento para ela e para a filha. “Eu no momento é dor de cabeça. Aí eu aproveitei que vim trazer ela no médico e vou passar pelo médico também. E ela está sentindo a garganta”, diz.


A pequena Débora, de apenas 21 dias, também está sentindo as consequências do tempo seco. Ela está gripada e a mãe, Antônia de Freitas, a levou para ser atendida na unidade de saúde. “Está com o nariz congestionado, ela não dorme bem, nem a gente. Aí fica difícil”, finaliza.


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