Após confusão com delegado, associação diz que policial cometeu fraude e Comando da PM rebate: ‘avaliação prematura’

Adepol e Polícia Militar divulgaram nota na quinta-feira (27) se posicionando sobre o caso. Delegado diz que havia ‘gato’ em propriedade e família de professor alega agressão.

Após a confusão no município do Bujari envolvendo o delegado Pedro Resende, na quarta-feira (26), a Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Acre (Adepol-AC) divulgou uma nota de repúdio em que acusa um policial militar de fraude processual. O PM seria genro do professor Manoel Abreu que deu um soco em Resende e mais tarde foi hospitalizado no Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), em Rio Branco. A família do professor alega agressão por parte dos policiais.


Após as acusações, o Comando Geral da Polícia Militar do Acre (PM-AC) também divulgou uma nota lamentando a situação e disse que a Adepol-AC fez uma “avaliação prematura”, emitindo juízos de valores sobre os profissionais de segurança. O documento diz ainda que a associação não analisou os fatos e consequências do episódio. A corporação lamentou o que chamou de “acusações pesadas” após a Adepol-AC dizer que os policiais usaram a “força bélica” do estado para interesses pessoais e criminosos.


Ao G1, o policial militar, que não quis ter o nome divulgado, informou que não iria comentar o caso e que qualquer posicionamento deveria ser feito pelo Comando da PM-AC.



Adepol-AC diz que policial destruiu provas

O associação disse também na nota que o policial militar, que é genro do professor, destruiu provas para impedir a realização de perícia. A nota afirma que a Adepol-AC vai continuar apurando os fatos para responsabilizar os envolvidos na esfera criminal, http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa e cível.


Já a PM-AC disse que fatos isolados não podem ser usados para “justificar pré-julgamentos sobre todos os membros” da corporação. A instituição também deve apurar os fatos e cumprir a lei conforme determinação da Justiça. A corporação também destacou que admira o trabalho de todos os delegados de Polícia Civil e acredita que os fatos não vão atrapalhar o “bom relacionamento entre as polícias”.


Ocorrência com ar-condicionado

A ocorrência que causou toda a confusão envolvia o cano de um ar-condicionado em uma propriedade no Bujari. O cano – de um comércio – foi parar no terreno do professor. Resende disse ao G1 que foi ao local para tentar resolver o problema sem a necessidade de judicialização do caso.


Sem acordo, o delegado disse que já estava indo embora quando recebeu uma denúncia de roubo de energia. Ele se certificou de que o terreno era realmente de Abreu e deu voz de prisão a ele.


“Teve que juntar três policiais para segurá-lo. Todos caíram e, provavelmente, foi nesse momento que bateu o rosto e teve as escoriações”, relatou.



Família diz que professor foi agredido por policiais

A família rebate as acusações e disse que Abreu foi agredido por policiais no local da abordagem e dentro da delegacia da cidade, para onde foi levado. A filha do professor, que não quis ser identificada, relatou que também foi detida pelo suposto ‘gato’.


“Teve porrada mesmo, tanto que meu pai tirou líquido do pulmão, fraturou a costela e está internado sem previsão de alta. O levaram para a delegacia, eu fui até lá e escutei ele gritando. Eu fui enquadrada pelo furto de energia [porque é a dona do imóvel] e meu pai por tentar agredir o delegado e resistência à prisão”, denunciou.


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