“O afastamento definitivo ele já disse que vai fazê-lo. Vamos aguardar”, disse o governador de São Paulo
A saída do senador Aécio Neves (MG) da presidência do PSDB deve mesmo ocorrer nos próximos dias. A informação foi reforçada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nesta quarta-feira (26).
“O Aécio já se afastou. O presidente, hoje, do partido, é o Tasso Jereissati. Mas, o afastamento definitivo ele já disse que vai fazê-lo. Vamos aguardar”, afirmou o tucano.
De acordo com informações da GloboNews, divulgada nessa terça-feira (25), Aécio vai se reunir com Jereissati (CE), que ocupa a presidência da legenda interinamente, já no início de agosto, para discutir sua saída.
A dúvida seria apenas sobre a melhor forma de conduzir o processo: se pela renúncia do mineiro ou pela convocação da convenção do partido, o que ocorreria no fim do próximo mês.
Desde que foi citado na delação da JBS, em maio último, Aécio deixou o cargo e tem incomodado os companheiros tucanos. Ele é suspeito de ter recebido propina de R$ 2 milhões, além de ter tentado, segundo os delatores, atrapalhar o andamento da Operação Lava Jato.
O próprio Jereissati defende a saída definitiva do mineiro do cargo e tem se recusado, segundo fontes do partido, a continuar “dividindo” o espaço com ele. Um grupo, no entanto, quer que haja uma renúncia coletiva de toda a executiva da sigla, para evitar um constrangimento ainda maior ao senador.
“Está na hora de Aécio fazer um gesto pelo partido. O PSDB não pode ficar sangrando por causa dele”, desabafou um integrante da Executiva do PSDB.