Cacique e esposa foram agredidos em fevereiro deste ano durante velório do neto em Sena Rosa do Purus. Decisão foi publicada no Diário Oficial do Tribunal de Justiça (TJ-AC).
Os três acusados de terem agredido a pauladas e tijoladas o cacique Tomás Rodrigues Kaxinawá, em fevereiro deste ano, na cidade de Santa Rosa do Purus, vão a júri popular. A esposa do indígena também foi alvo de agressões. A decisão, assinada pela juíza Isabelle Sacramento, foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico na última terça-feira (25).
O cacique estava no velório do neto no Centro de Santa Rosa do Purus, no dia 10 de fevereiro deste ano, quando foi atingido pelos golpes. Ele foi encontrado pela Polícia Civil em um matagal com ferimentos principalmente na cabeça, informou o responsável pelo posto policial na época.
O G1 tentou contato por telefone com o advogado dos réus, mas não obteve resposta até está publicação.
A magistrada entendeu, segundo a decisão, que houve “prova de materialidade e indícios suficientes do delito de tentativa de homicídio qualificado e ameaça contra a mulher”. O Ministério Público do Acre (MP-AC), que fez a denúncia contra os réus, e a defesa receberam um prazo de cinco dias para enumerarem e apresentarem as testemunhas que devem depor no julgamento.
Os três vão ser julgados por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificulta a defesa da vítima, conforme informações do Tribunal de Justiça (TJ-AC). Eles não vão poder esperar pelo julgamento – que vai ocorrer em Manoel Urbano – em liberdade. A data do júri não foi divulgada.
