Os números do Impostômetro revelam que os acreanos já pagaram mais de R$ 1,728 bilhão em impostos e tributos, isso ente 1º de janeiro e 25 de julho. O valor foi publicado nesta terça-feira, dia 25, pela Associação Comercial de São Paulo. Houve aumento considerável entre o ano passado e agora, sendo que no mesmo período, em 2016, o acreano pagou R$ 1,587 bilhão.
Já o valor pago pelos brasileiros em impostos neste ano alcançou R$ 1,2 trilhão. No ano passado, o mesmo montante foi registrado em 10 de agosto, o que revela crescimento da arrecadação tributária. A marca de R$ 1,2 trilhão equivale ao montante pago em impostos, taxas e contribuições no país desde o primeiro dia do ano. O dinheiro é destinado à União, aos estados e aos municípios.
Segundo o site da Acisa, com todo esse dinheiro seria possível comprar 1.292.666 apartamentos. Para os mais cuidadosos, seria possível aplicar esse dinheiro na poupança e ter um rendimento de R$ 9.699.224 por hora, um total de R$ 232.800 ao dia. Ou então comprar 38 mil carros, ou até receber 50 salários mínimos por mês durante 2 mil anos.
Realidade que, segundo o presidente da Acisa Rio Branco, reflete o aumento na carga tributária entre 2016 e 2017, demonstrando que o poder aquisitivo dos brasileiros está ainda menor. Celestino Oliveira explica esse cenário não foi impedido pela recessão que pairou no Acre desde 2015.
“Houve um crescimento na arrecadação de tributos, tanto do país quando do nosso estado, apesar da recessão com redução de empregos diretos, redução de receitas, e o estado, a nível Brasil, houve um aumento no recolhimento dos impostos. Isso quer dizer que o poder aquisitivo dos nossos trabalhadores diminuiu e consequentemente os empresários deixaram de vender e arrecadar”, diz o dirigente comercial.
No estado, a cidade que mais arrecadou foi Rio Branco, que chegou, na manhã desta terça-feira, à marca de R$ 75,8 milhões. Já Cruzeiro do Sul, a segundo maior cidade do estado, arrecadou quase que o valor da Capital: R$ 74,8 milhões. A cidade com menor arrecadou foi o Jordão, com R$ 347 mil desde o dia 1º de janeiro.
De forma crítica ao aumento de tributos, Celestino diz que o governo age assim para minimizar a alta do desemprego criado nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, que deixaram o saldo de milhões de trabalhadores sem emprego formal. “O governo aumentou os tributos, para justificar a grande maioria de desemprego”, completa.
O que também chama a atenção é que será preciso trabalhar 153 dias para pagar todos os impostos cobrados pelos governos estadual, municipal e federal, este ano. E o numero é o mesmo do ano passado, contra os 151 do ano anterior, ou mesmo os 148 do início da década atual.