Diferente do que afirmou o governo estadual, Mato Grosso do Sul não foi o único do país a conceder reajuste aos servidores. Acre, Alagoas e Ceará também definiram aumentos nos salários do funcionalismo público. No Piauí e em Pernambuco apenas algumas categorias foram beneficiadas.
A justificava de todos os Estados é a crise econômica e política que o país enfrenta, que levou alguns governos, como o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, a atrasar e parcelar o salário dos servidores. Na Bahia, o governo realiza o pagamento até o último dia útil de cada mês, e não até o 5º dia útil, como em Mato Grosso do Sul.
Em Alagoas o reajuste concedido foi de 6.29% dividido entre 3,15% em junho e 3.14% em dezembro. No Ceará o percentual foi o mesmo (6.29%) para quem ganha um salário mínimo, para os demais o aumento foi de 2%. Servidores cearenses da educação tiveram reajuste de 7.54%. O governo do Piauí também concedeu 6,29%, mas só para servidores da segurança pública, enquanto os pernambucanos policiais militares e bombeiros terão uma correção de 25% a 40%, parcelado em 3x (até dezembro de 2018).
No Acre houve um reajuste médio de 7% para diversas categorias. Todavia, o governo também aumentou a contribuição previdenciária do servidor de 11% para 14%. Já o governo maranhense concedeu recomposição salarial de 8% para professores e um escalonamento de recomposição de até 23% para policiais.
O governo paraense concedeu apenas um reajuste de 23% no valor do auxílio-alimentação, enquanto a gestão da Paraíba aumentou em 13,05% o piso do magistério, para adequação à legislação federal. Em Goiás, o governo enfrentou uma greve de professores e aceitou dar aumento de 7.64% a professores efetivos e 34% aos temporários.
No vizinho Mato Grosso, a gestão tucana ainda está pagando percentuais referentes a acordos de anos anteriores.
Os demais Estados não haverá reajuste. Em alguns, como Espírito Santo, sindicatos de servidores já cogitam greves gerais.