O serviço de transporte alternativo, o Uber, deve começar a operar em Rio Branco nesta quarta-feira (7), a partir das 14h. A informação foi confirmada pelo diretor-geral do Uber na Região Norte, Henrique Weaver. O diretor não divulgou o número de pessoas que já se cadastraram para atuar como motoristas, mas afirma que todos possuem perfis diferenciados.
Os motoristas, segundo ele, podem dirigir em tempo integral ou somente algumas horas por dia. Weaver afirma que para que haja a implantação do aplicativo, a empresa faz um estudo minucioso da cidade e já analisava Rio Branco há algum tempo.
“Nós consultamos todos os aspectos econômicos, meios de transportes usados e olhamos para os dois lados da equação. Queremos saber como agregar valor a vida do passageiro e também para o motorista. Então, acreditamos que esse é o momento certo para começar a operação em Rio Branco”, afirma.
Na segunda (5), taxistas, mototaxistas, sindicalistas e simpatizantes participaram da audiência pública sobre a implantação do Uber em Rio Branco, na Câmara Municipal de Rio Branco. Durante a reunião, representantes das categorias de taxistas e mototaxistas deram as costas como forma de protesto.
Segurança
A segurança, segundo o diretor, é uma das maiores preocupações e prioridades da empresa. Por isso, desenvolveram uma séria de iniciativas para melhorar a segurança de passageiros e motoristas.
Weaver explica que as camadas de segurança do Uber pegam desde o momento anterior, durante e após a viagem. Antes mesmo de se cadastrarem, os motoristas passam por uma checagem na documentação. Após isso, antes de iniciarem o trajeto, há uma nova checagem e todas as viagens são monitoradas por GPS. O sistema de avaliação mútua é usado após a viagem.
“Não existem viagens anônimas no Uber. O passageiro, durante a viagem, pode compartilhar o status da viagem dele. Vamos supor que tenha um jovem que está indo de madrugada para o aeroporto e, se ele quiser, pode compartilhar com algum parente o trajeto que ele vai fazer. O parente pode acompanhar no mapa em tempo real. Isso é opcional e cada passageiro faz quando quiser”, explica.
Quantos aos casos de agressões de taxistas contra motoristas do Uber, Weaver diz que os taxistas são majoritariamente trabalhadores pacíficos. Ele afirma que os incidentes estão cada vez mais raros em todo o Brasil.
“A gente não compete com o táxi, a nossa concorrência de verdade é com o carro particular de passeio. Então, há estudos que mostram que 94% do tempo o carro particular fica parado. Ou seja, gastam dinheiro com um ativo que é caro e ele é pouco utilizado”, ressalta.
Orientação
O diretor diz que não existe um treinamento específico, mas explica que os motoristas que se cadastram recebem orientações. Segundo ele, uma sede da Uber foi montada em Rio Branco, onde profissionais contratados chamados de “experts” orientam e fazem sugestões para que o atendimento seja o melhor possível.
“A qualidade do serviço para nós é primordial, além de ser um dos nossos diferenciais. Queremos que o passageiro e o motorista tenham a melhor viagem possível e que nesse período se sintam confortáveis”, destaca.
Avaliação
O Uber, segundo Weaver, possui um sistema de avaliação mútua. Ou seja, depois de cada viagem o passageiro avalia o serviço e o motorista também avalia o cliente. Isso, segundo ele, garante que o motorista atue sempre com qualidade acima da média.
“Em outras cidades, onde atuamos há mais tempo, o sistema proporcionou que houvesse o reconhecimento da qualidade e excelência do serviço oferecido”, afirma.
Uber é legal, diz diretor
Conforme a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) o Uber não possui regras especificando os serviços oferecidos nem o pagamento de contribuição ou qualquer tipo de imposto. O Sindicato dos Taxistas do Acre diz que é contra a a forma de trabalho dos servidores do aplicativo, mas não a instalação.
O diretor afirma que o serviço é legal em todo o território nacional e que o funcionamento de aplicativos como o Uber é previsto em lei federal na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Essa lei, segundo ele, prevê o transporte público, que é o táxi e o transporte tipo privado. Ele garante que o Uber está aberto para discutir o tema com toda a sociedade.
“Já existe a regulamentação para táxi, pois o táxi já atua há muito tempo. Ainda não existe uma regulamentação para o transporte privado de passageiros, como o Uber, somente porque essa é uma modalidade nova. No final das contas, queremos trazer uma alternativa que beneficie a todos. De um lado gerar renda e de outro trazer uma opção de transporte que seja de bom gosto, qualidade e confiável”, explica.
Empreendedorismo
Associação de Jovens Empresários do Acre (AJE-AC) decidiu fazer um questionário no Facebook perguntando a opinião da população. A maioria das pessoas respondeu positivamente à implantação do sistema, segundo o Thiago Cabral, diretor de inovação da AJE-AC.
Cabral destacou também que o Uber é uma oportunidade para empreendedores. Weaver vê o aplicativo da mesma maneira e diz que todos os motoristas cadastrados são empreendedores e destaca que os veículos usados podem até mesmo serem alugados.
“Eles podem gerar renda na hora que quiserem. Ou seja, controlam quando vão dirigir, onde vão dirigir e de que forma vão prestar o serviço. Alguns lavam o carro com frequência, outros oferecem balinhas, mas a Uber não controla esses pontos, apenas estimula que eles tenham um bom serviço”, finaliza. Com informações g1acre
