Uma situação inusitada aconteceu na cidade de Brasiléia, quando os agentes civis lotados na delegacia do Município, entregaram um documento ao delegado titular, Roberto Lucena, um documento assinado, onde todos os pedem que sejam transferidos para o município vizinho de Brasiléia.
Fato esse que pegou o delegado de surpresa, e que o deixa de mão atadas e sem agentes para atuar contra a bandidagem que vem crescendo nos últimos dias, junto com os furtos, arrombamentos, tentativa de homicídio, entre outros delitos.
O delegado comentou que o motivo alegado pelos agentes, seria a falta de apoio por parte do Judiciário e Ministério Público, onde vem atuando mais em defesa dos acusados que, na maioria são detidos em flagrante delito, estão sendo beneficiados com as audiências de custódia e são liberados poucas horas depois, após árduo trabalho de investigação e apreensão, seja liberado.
“Estamos sendo motivo de chacota para alguns bandidos, principalmente os menores que são ‘recrutados’ por membros de facções, para praticar furtos e arrombamentos”, disse um agente que pediu para não ser identificado por motivos de represálias.
Foi lembrado que já houve situações onde pessoas foram detidos em flagrante em posse de drogas, armas, tráfico, assalto e outros crimes, que sequer ficaram 48 horas detidos, além de serem obrigados a conduzir o meliante até sua casa em viaturas oficiais.
O delegado destacou que muitos trabalhos já foram elucidados e os agentes vem trabalhando em prol da sociedade de bem, colocando a vida em risco, mas, vem esbarrando na legislação brasileira que está defasada e o bandido as vezes vem sendo colocado como prioridade.
Diante dessas situações, aconteceu recentemente, o caso onde o MP acusou um agente de estar envolvido no sequestro de um brasileiro por policiais bolivianos, resultando no pedido e acatado pelo Juiz de Direito Clovis Lodi, na sua prisão, além de dois outros serem conduzidos coercitivamente à sede da PF.
Se sentido desmotivados para que possam trabalhar em prol da sociedade de bem, todos agentes do Município de Brasiléia assinaram o documentos pedindo transferência. O caso seria levado ao Secretário de Segurança do Acre, Emylson Farias, onde irá analisar e dar uma resposta. Com informações O Alto Acre.