Os saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) teriam dado um impacto positivo de R$ 2,65 bilhões nas vendas do comércio varejista brasileiro, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No Acre, porém, o comércio ainda começa a se levantar lentamente, segundo abordagem da Federação Nacional de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC).
Os mais impactados, de acordo com o levantamento da CNC, foram vestuário e calçados (R$ 1,19 bilhão), materiais de construção (R$ 594,4 milhões), móveis e eletrodomésticos (R$ 530,2 milhões) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 337 milhões). O valor dos quatro segmentos corresponde a 48% dos R$ 5,5 bilhões sacados no mês de março em todo o País, de acordo com a Caixa Econômica Federal.
Quando comparado com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, registra-se uma alta de 11,7%, o ramo de vestuário e calçados, com maior aumento real de vendas desde fevereiro de 2011 (+14,1%).
Para a vendedora de uma loja de vestuário, porém, Anacleide Nogueira, o acreano optou – pelo menos, até agora – por pagar as contas em atraso. “Com certeza, já estivemos em momentos piores, mas percebemos que a melhora é lenta, ainda”, complementa.
Nogueira acredita que, nos próximos meses, a expectativa é de melhoria. “Estamos melhorando aos poucos, não está uma procura ainda muito grande. Mesmo assim, vemos que já há um crescimento na venda quando comparamos com o mesmo período do ano passado”, finaliza. Atribuna