Virou caso de polícia o “zelo” do prefeito de Porto Walter, Zezinho Barbary (PMDB), com os limites do território do município. De acordo com boletim de ocorrência de número 66/2017, registrado no posto policial da cidade, no último sábado, 3, Barbary teria agredido o servidor da prefeitura Manoel Francisco Lima da Silva, de 50 anos, com um soco no rosto. Além disso, segundo o denunciante, Barbary teria proferido ameaças.
A suposta agressão ocorreu fora do ambiente da prefeitura, dentro dos limites de uma área de terra que a vítima alega lhe pertencer. No relato feito à polícia, Manoel Francisco contou que enfiava uma estaca em determinado local do terreno recém-comprado quando o prefeito Barbary apareceu na estrada, e de dentro do veículo afirmou que ele não poderia passar a cerca no local, já que faria ali um banho de uso público.
Segundo o registro policial, ao ser contestado, Barbary desceu do veículo com o dedo em riste e após breve discussão desferiu um murro na vítima. Ambos teriam então se agarrado, e Manoel Francisco acabou com alguns arranhões e a camisa rasgada.
Segundo ainda a denúncia, o prefeito peemedebista teria dito que só não mataria a vítima por respeito à sua família.
Publicado nas redes sociais, o caso revoltou boa parte dos moradores de Porto Walter. A assessoria de imprensa da prefeitura publicou nota sobre o assunto, na qual admite ocorrência, mas ressalta que ela “não tem relação com as demandas da prefeitura”.
O texto da assessoria diz ainda que o prefeito Zezinho Barbary e Francisco Manoel “são de personalidades ativas” e que isso teria levado ao desentendimento que descambou nas agressões.
Procurado pela reportagem, no começo da tarde desta terça, o assessor de imprensa da prefeitura de Porto Walter, André Almeida, prometeu uma declaração do prefeito sobre o episódio, o que não aconteceu. Com informações ac24horas
A seguir, a íntegra da nota divulgada pela assessoria:
“Os relatos apresentados na rede social sobre o desentendimento dos senhores Manoel Francisco Lima da Silva e José Estephan Barbary não tem relação com as demandas da prefeitura, foi um caso isolado, ambos são servidores do município, mas cada um com suas razões particulares.
Populares contam que o Senhor Manoel, mesmo trajando uma camisa de suas funções, estava fora de expediente de trabalho, pois era Sábado e Manoel aproveitava à folga para ampliar a cerca da área particular de sua família, buscando ampliar o perímetro da cerca e se aproximando da área da margem do igarapé Maloca, local público, foi interrogado por José Estephan Barbary que lhe pedia para deixar a área livre que é usada pelos populares que aos finais de semana utilizam o córrego natural do igarapé para tomar banho. Dai ambos são de personalidades ativas e no dilema fluiu o desequilíbrio de afeto e feriram a harmonia um do outro. Certo que entre mãos e mãos, ocorreu o descaso apresentado.
Acreditamos que o entendimento possa prevalecer nos pensamentos dos senhores que são acima de todo cidadãos do município de Porto Walter, que os demais senhores e senhoras que inclusive conhecem o dia-a-dia de ambos, possam acalmar seus estremos para que a paz possa prevalecer e os juízes das redes, antes de qualquer comentário ouçam as duas versões.