O funcionário público Manoel Francisco Lima da Silva, de 49 anos, registrou um boletim de ocorrência por agressão e ameaça contra o prefeito do município de Porto Walter, interior do Acre, José Estephan Barbay Filho, mais conhecido como Zezinho Barbary. O problema teria iniciado no sábado (3) quando, segundo Silva, o prefeito tentou impedir a construção de uma cerca dentro de uma propriedade do servidor. Silva diz ter ficado com hematomas no corpo e com a blusa rasgada.
O refeito confirmou a agressão e alegou que Silva havia feito uma cerca invadindo uma parte do igarapé, que é um terreno público. Na página do Facebook da Prefeitura, a assessoria de comunicação postou a foto da cerca feita pelo servidor, que, segundo o gestor, não estava a serviço da Prefeitura.
”Ele tem uma propriedade nas proximidades de um balneário público. A Prefeitura está limpando as margens desse igarapé, aterrando as margens para dar condições da população estacionar seus veículos e se divertir aos fins de semana. Esse cidadão pegou uma cerca, emendou do terreno dele e puxou a cerca até a margem do igarapé, isolando a área, tirando o acesso da população de Porto Walter. Parei o carro, pedi a ele que não fizesse a cerca e veio me desacatar, veio com agressões para mim e eu reagi e agredi ele fisicamente, dei um tapa na lata dele”, diz.
O prefeito diz ainda que não se arrepende e que faria de novo, se fosse preciso. “Teve essa agressão moralmente, partiu pra cima de mim e eu me defendi. Não estou nem ligando pra isso, se fosse preciso eu fazia de novo para defender as coisas da Prefeitura, faço 10 vezes”, se defende.
O servidor acrescentou que a confusão ocorreu devido a um igarapé que passa dentro de três terrenos: o dele, do prefeito e o de um pastor. Silva diz que a cerca é para isolar a parte dele dos demais terrenos.
“Quando chegou, o prefeito quis proibir a construção da cerca dentro do meu terreno. Disse que vai fazer uma área de lazer para o pessoal tomar banho. Um pastor doou parte do terreno dele. O prefeito perguntou se eu ia doar o meu também. Desceu do carro e já foi dizendo isso. Veio com o dedo no meu rosto e eu disse que ele colocasse o dedo no rosto do filho dele e não no meu”, explicou.
Após alguns minutos de discussão, o funcionário conta que foi agredido fisicamente pelo prefeito e revidou a agressão. Os dois chegaram a cair no chão até serem separados por outras pessoas. Silva ficou com hematomas no ombro, cotovelo, antebraço e com a blusa rasgada. Ele fez corpo de delito para anexar no processo.
“Ele me agrediu, rasgou minha roupa. Nos agarramos e fomos pro chão. Ele disse que não ia me matar porque respeitava muito minha família. Acho que por ser um representante público do município não deveria fazer isso. Quero que responda criminalmente”, finaliza. Com informações g1acre