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Padre Paolino Baldassari pode ser canonizado após análise de diários e testemunhos de fiéis

Informação foi confirmada nesta sexta (2) pelo padre Mássimo Lombardi. Processo pode levar de cinco a dez anos e ele seria o primeiro santo do Acre, segundo Lombardi.

Conhecido pelas ações sociais que desenvolvia em Sena Madureira, interior do Acre, o padre Paolino Baldassari pode ser canonizado. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (2) pelo padre Mássimo Lombardi, reitor da Catedral Nossa Senhora de Nazaré, em Rio Branco. Baldassari morreu em 8 de abril de 2016 aos 90 anos.


Mássimo diz que Baldassari registrou praticamente todo o trabalho que desenvolveu em diários e anotações que devem ser analisados por um postulador que já foi enviado ao Acre pelo Vaticano. No estado, o homem ouviu padres, frades, o bispo e os fiéis que moram no município.


“Vão analisar se o comportamento e o pensamento dele sempre foi conforme o evangelho e de respeito ao povo. Depois de feito isso é dado o encaminhado para o processo de beatificação. Nisso, é preciso a comprovação de um milagre, uma prova da confirmação de Deus sobre a vida correta do padre. O próximo passo é a canonização para que ele seja santo”, explica.


O processo de beatificação e canonização pode levar de cinco a dez anos dependendo dos testemunhos coletados. Caso o postulador tenha dúvidas, é feita uma nova pesquisa relacionada a vida de Baldassari e a documentação analisada pela Congregação dos Santos no Vaticano.


“A Congregação é como se fosse um Ministério, que faz o processo para declarar uma pessoa beata e depois santa. Se todos os depoimentos forem positivos aí fica mais fácil. Se isso acontecesse, ele seria o primeiro padre do Acre a ser canonizado. Então, todo mundo está muito feliz para dar o próprio testemunho”, afirma.


Quem foi padre Paolino?

Nascido na cidade italiana de Bologna, o padre Paolino Baldassari foi o pároco da cidade de Sena Madureira durante aproximadamente 46 anos. Ele é considerado um símbolo no município, que tem em torno de 40 mil habitantes, por causa de seu trabalho com comunidades tradicionais.


Durante anos, o religioso viajou para aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas no interior do estado para celebrar batismos, casamentos e outros tipos de cerimônias religiosas.


Baldassari morreu após 11 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). O pároco teve uma parada cardíaca e em seguida sofreu falência de outros órgãos, por volta das 14h do dia 8 de abril de 2016.


O padre chegou a completar 90 anos, no dia 2 de abril, enquanto estava internado no hospital. Segundo a coordenação paroquial de Sena Madureira, durante todo o tempo de internação a comunidade manteve correntes de orações pela saúde do padre e realizou vigílias no hospital.


Inspiração

Mesmo após sua morte, pare Paolino tem inspirado as pessoas a fazem o bem. Em homenagem ao pároco, uma creche que leva o nome do religioso foi inaugurada no Bairro da Pista, em Sena Madureira.


Segundo o frei Moisés de Oliveira Coelho, da Ordem dos Servos de Maria em Sena Madureira, a ideia é inserir um pouco da história e dos trabalhos desenvolvidos por Baldassari, além de sua importância para a comunidade, na educação dessas crianças.


A morte do padre deixou órfãos não apenas aqueles que o procuravam por conforto religioso, mas também as comunidades carentes na zona rural do município de Sena Madureira, a quem ele prestava atendimento médico. Para suprir essa necessidade, um grupo de médicos, enfermeiros e estudantes de medicina resolveu se voluntariar para continuar o trabalho do religioso.


Fonte: G1


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