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Onda de crimes assusta moradores dos municípios de Brasileia e Epitaciolândia

Muitos moradores estão temendo uma onda de crimes que, possivelmente, ficará sem punição para os culpados

Os números ainda estão sendo levantados, mas com certeza são bem maiores do que os previstos pelas autoridades da fronteira. Bandidos ligados a facções estão realizando inúmeros crimes na região, levando terror aos habitantes. Muitos moradores estão temendo uma onda de crimes nas cidades de Brasileira e Epitaciolândia, com destaque para os furtos e arrombamentos em suas residências.



Furtos e arrombamentos em residências tornam-se cada vez mais frequentes (Foto: O Alto Acre)


Vários delitos vêm sendo praticados contra o patrimônio e os meliantes contam com uma espécie de “ajuda” para que fiquem impunes: nas chamadas “audiências de custódia”, parte dos suspeitos é liberada para responder ao processo em liberdade, mesmo em casos de flagrante delito.


A isso se juntam as ameaças veladas às vítimas, que temem sofrer represálias de bandidos ligados a facções criminosas. Muitos não querem se identificar por medo, e como resultado ficam em suas casas e comércios com as portas fechadas.


Uma dessas vítimas já fechou seu comércio, enquanto outra está se preparando para fazer o mesmo, após amargar um prejuízo de aproximadamente R$ 130 mil, depois de ter o estabelecimento assaltado três vezes em um ano.


A ousadia dos bandidos vai ao extremo. Como nos casos em que arrombaram residências localizadas ao lado do quartel da Polícia Militar em Brasileia, em plena luz do dia. Um empresário que saiu para trabalhar encontrou, nesta semana, sua casa revirada e muitos objetos furtados. Um advogado teve seu escritório invadido três vezes e perdeu vários pertences.


Não se sabe ainda como a Secretaria de Segurança Pública irá atuar durante as festividades do próximo final de semana, quando a fronteira espera receber um público que pode chegar a 40 mil pessoas para brincar o carnaval fora de época em Brasileia.


Com a impunidade, as forças policiais se sentem descrentes e passivas diante de leis que só vêm beneficiando o bandido transfigurado de cordeiro no meio da sociedade ordeira.


Segundo foi levantado, alguns agentes da lei já pensam em pedir transferência de função, ou tentar concurso para outras áreas. Enquanto alguns estudam, adiando a aposentadoria e perdendo benefícios funcionais, o Estado mostra incapacidade de reagir à violência que vem se implantando na regional do Alto Acre.


Com informações do site O Alto Acre


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