Mazinho Serafim pode decretar estado de calamidade pública por falta de segurança em Sena Madureira

O prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (PMDB), ameaça decretar estado de calamidade pública caso o governo do Estado não coíba a escalada da violência no município.


“Será um ato justificado pela falta de Segurança Pública”, disse Serafim, reivindicando a constante presença da Força de Segurança Nacional ou do Bope para trazer de volta a paz em vários bairros da cidade que estão sendo dominados pelas facções criminosas.


Preocupado com a situação, o prefeito encaminhou uma proposta ao Governo do Estado, no qual o município vai investir até R$ 50 mil em Segurança Pública. “Embora seja responsabilidade de outras esferas de poder, nós fizemos um projeto de lei, aprovado pela Câmara de Vereadores, e encaminhamos para o governo estadual. Assim, poderemos fazer a nossa parte para ajudar a diminuir esse problema da violência que vem aterrorizando os moradores da nossa cidade”, explicou o prefeito.
A proposta visa dotar a Polícia Militar de melhores condições de trabalho, pagando um banco de horas-extras para os policiais, bem como aquisição de cães farejadores e entre outros investimentos. “Além disso, firmamos uma parceria com o Senac, que vai oferecer três cursos profissionalizantes. Estamos recuperando os espaços para a prática de esporte, como o estádio Marreirão, abandonado há anos, e criamos frentes de trabalho para gerar oportunidade de emprego e renda”, enumerou Mazinho Serafim.


Sena Madureira, distante 144 quilômetros da Capital, possui uma população de aproximadamente 40 mil habitantes. O recrudescimento da violência tem diversas causas, notadamente a disputa entre facções criminosas pelo tráfico e controle de drogas. Sem bloqueadores de celular, o presídio do município tem, proporcionalmente, a maior população carcerária do Estado.


Em muitos bairros da cidade, que já foi umas das mais pacatas do Estado, os moradores estariam sendo proibidos de entrar a partir das 18 horas. Há alguns dias o chefe de uma fação criminosa teria convocado os moradores da Praia do Amarilho para uma reunião, onde impôs uma série de regras.


“Quero avisar que a partir de hoje ninguém poderá entrar no bairro a partir das 18 horas. Não quero ouvir nenhum celular tocar a partir desse horário e fechem portas e janelas de suas casas. Se seu filho sair e não poder chegar até as 18 horas, mande ele dormir por aí, diga para não entrar aqui, senão leva bala. Outra coisa: quem não cumprir essas regras, tem dois dias para deixar o bairro”, teria avisado o criminoso.


A reportagem irá publicar uma reportagem especial ainda esta semana sobre a escalada da violência em Sena Madureira, na qual várias autoridades estão sedo ouvidas, inclusive o comandante da Polícia Militar. Com informações ac24horas


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