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Governo cria mecanismo para zerar filas de cirurgias

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 26, o governador Tião Viana, junto de sua equipe de gestores da saúde, anunciou a criação da Fila Única de Cirurgia no Estado. Trata-se um novo sistema para o agendamento de cirurgias que têm por objetivo zerar a demanda reprimida do Acre nos próximos meses.


Com a mudança, o mapa de cirurgias, que hoje é de responsabilidade da Central de Agendamento de Cirurgias (CAC), vai passar a ser feito pela Central de Regulação Estadual. De forma prática, os médicos reguladores passam a ser responsáveis por fazer o processo de agendamento das cirurgias, analisando diversos fatores, desde os exames pré-operatórios do paciente, avaliação de risco, capacidades de cirurgias diárias e até a disponibilidade do material necessário para o procedimento cirúrgico.


Segundo Tião Viana, o Acre já realiza 17 mil cirurgias por ano. Agora, os médicos poderão ir além de suas cargas horárias e receber remuneração adicional pela realização de mais cirurgias. Com isso, o governo prevê um investimento de R$ 5 milhões a mais para o fim da demanda reprimida.


“É um benefício que vai trazer igualdade plena entre todos os usuários e nós só pedimos um pouco de compreensão da população. Já alcançamos uma redução drástica da fila em 2012, ela voltou a se avolumar e agora acreditamos que encontramos uma solução definitiva. Por isso, em poucos meses, teremos o fim da espera de cirurgias pela população”, disse o governador.


Resultados ampliados


Entre os resultados apresentados, o Acre já conseguiu zerar a fila de angioplastia e está próximo de encerrar a de cirurgias cardíacas, onde não há mais pessoas esperando pela implantação de marca-passos, por exemplo. O governo admite que a maior preocupação dentro da fila de cirurgias é a do setor de urologia, principalmente em idosos, mas que com o novo mecanismo e a contratação de mais profissionais, este setor ganhará uma atenção especial.


O secretário de Saúde, Gemil de Abreu Júnior, ressalta: “O Acre vai deixar um legado de dignidade para a vida das pessoas que estão nessa fila. E paralelamente a isso, vamos estar atuando com uma ampla fiscalização e cobrando que as equipes médicas cumpram suas cargas horárias. Eles estão concordando e percebendo que a população só tem a ganhar”.


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