Com cartazes, alunos pediam mais segurança nas escolas do estado; passeata ocorreu em todos os municípios do Acre
lunos de escolas de todos os municípios do Acre saíram às ruas nesta sexta-feira (23) em uma caminhada pela paz. Em Rio Branco, a caminhada reuniu estudantes de nove escolas em dois locais de concentração. O primeiro grupo saiu às 8 horas na região da Baixada da Sobral, na Paróquia Cristo Libertador. Já o outro grupo sairá às 15 horas, em frente à Escola de ensino médio Profª Clicia Gadelha.
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Alunos seguravam cartazes para pedir paz nas ruas de Cruzeiro do Sul (Foto: Anny Barbosa/ G1)
Em Cruzeiro do Sul, a caminhada reuniu centenas de alunos. Na cidade, alunos do ensino médio e fundamental de 10 escolas caminharam cerca de 1,5 km com faixas e cartazes pedindo segurança.
A ação é uma iniciativa da Secretaria de Educação e Esporte (SEE) e da Secretaria de Segurança Pública do estado e quer promover a paz entre os estudantes, diante dos casos de violência recorrentes dentro das unidades de ensino.
Estudante do 1º ano do ensino médio na escola Craveiro Costa, Emily Kelly, de 15 anos, diz que o sentimento de insegurança a acompanha até mesmo dentro da sala de aula.
“A gente se sente muito inseguro e mesmo com a polícia na rua ainda nos sentimos muito amedrontados. Minha escola fica num bairro periférico, então, tenho medo”, disse.
A estudante do ensino médio Hanna Nogueira, de 17 anos, pediu que o policiamento seja reforçado nas escolas para que crimes não ocorram dentro das instituições de ensino. “Um exemplo foi aquele menino que foi morto dentro de uma escola em Sena Madureira. Com essa guerra de facções, ninguém está seguro nem nas escolas, precisamos de reforço policial”, afirmou.
O coordenador regional de educação, Charles André, ressaltou que a caminhada tem o objetivo pedagógico de conscientizar os jovens para buscar sempre a paz. “Caminhada para alertar os pais, alunos e sociedade em geral para pedir que os pais acompanhem os filhos nas escolas e fora delas. Nosso objetivo é que nossos jovens tenham consciência de não entrar nesse caminho perigoso que é o mundo do crime”, finaliza.
