Após boatos de que teriam encontrado os corpos dos autônomos Fernando de Oliveira e Jean Carlos de Almeida, de 54 e 42 anos, respectivamente, a cunhada de Oliveira, a dona de casa Sandra Paiva, de 40 anos, diz que as pessoas estão brincando com a dor da família. Segundo ela, desde o sumiço, os familiares recebem ligações informando que o corpo de um deles teria sido encontrado com um tiro na nuca e em outro momento os corpos dos dois estavam em um açude.
Almeida e Oliveira estão desaparecidos desde o dia 8 de junho quando saíram de casa para comprar gado em uma propriedade rural no Ramal do Mutum, zona rural de Rio Branco. A dupla estava em uma motocicleta que foi encontrada em 10 de junho jogada dentro de um igarapé no ramal. Conforme a Polícia Civil, os dois já tinham passagem por furto e receptação de gado.
“Eram todos alarmes falsos. As pessoas estão brincando com a gente, brincando com a família, brincando com a nossa dor. Estamos tão ansiosos por notícias que vamos sempre checar, mas são todos alarmes falsos, chegamos no Instituto Médico Legal (IML) e nunca tem nada, mentem para nós”, relata Sandra.
O delegado Fabrizzio Sobreira, responsável pelo caso, diz que existem muitos boatos envolvendo o desaparecimento dos dois. Segundo ele, a Polícia Civil está checando as informações que possuem o mínimo de veracidade e já escutaram boa parte de moradores do ramal que tiveram contato com os dois.
“Já identificamos a pessoa que encontrou a motocicleta, por exemplo, e ele já foi ouvido. Ou seja, estamos vendo algumas hipóteses, como pessoas com a mão machucada após disparo com arma de fogo e outros que afirmam terem visto estranhos no local também vão ser ouvidos”, diz.
Sobreira destaca ainda que equipes permanecem fazendo diligências no ramal e afirma que até o momento nenhum corpo foi encontrado. O objetivo, segundo ele, é entender os fatores que levaram ao desaparecimento dos autônomos. Neste sábado (17), ao menos quatro pessoas foram ouvidas sobre o caso.
“Estamos verificando todas as possibilidades, nem podemos dizer se existe um corpo, pois não há indícios de que seja um homicídio ou latrocínio. Assim, permanecem as diligências e coleta de depoimentos”, afirma.
G1