Em julgamento de PM morto em abordagem, Associação de Militares pede mais segurança

A vice-presidente da Associação dos Policiais Militares do Acre (AME-AC), subtenente Silva Neto, está com alguns companheiros de farda acompanhando o julgamento de Kennedy Silva Magalhães que ocorre nesta quarta-feira (7) na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco. Ele pede mais segurança para os miltares. Magalhães é acusado de matar o cabo Alexandro dos Santos, de 36 anos, durante uma abordagem policial.



“Na realidade, estamos fazendo um protesto pacífico. É um protesto de todos os policiais. Há muito tempo estamos com um grande problema dentro da instituição que é a falta de segurança e, por isso, nos reunimos para mostrar nossa força. Esperamos que a Justiça seja favorável do nosso lado, porque temos perdido muitos companheiros”, falou Neto.


O presidente da AME-AC disse ainda que Santos era como se fosse um filho para ele e que lamenta muito a morte do colega de farda. “Ele foi meu aluno, sou professor da academia de polícia e dei aula para ele. Os primeiros passos dele foram feitos comigo. Mas, o nosso destino quando escolhemos ser policiais infelizmente é correr risco, a gente jura dar a vida para o semelhante e hoje pedimos justiça”, falou.


Entenda o caso


O cabo da PM Alexandro Aparecido dos Santos foi morto com um tiro no pescoço durante uma abordagem a três pessoas no bairro Novo Horizonte, no dia 15 de agosto de 2016. Um dos homens reagiu à ação, iniciou uma luta com policiais, conseguiu pegar uma das armas e, segundo a polícia, acabou dando um tiro que vitimou o PM.


Na época, a polícia informou que dois dos envolvidos foram presos no momento da ocorrência, incluindo o que efetuou o disparo. O terceiro homem conseguiu fugir do local. Ao reconhecer o corpo do marido no Instituto Médico Legal (IML), a mulher do cabo, Nara Aline Santos, de 25 anos, passou mal.


Após o crime, a polícia divulgou a ficha criminal do acusado. Entre os crimes descritos na ficha dele estão: tráfico de drogas, furto, furto qualificado, roubo, disparo de arma de fogo, lesão corporal dolosa, ameaças, falta de permissão ou habilitação para dirigir, um homicídio doloso na forma tentada e homicídio doloso. São mais de 25 passagens.


Em 11 de outubro de 2016, a 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco, determinou o prazo de cinco dias úteis para que fosse realizada perícia no vídeo em que o policial militar aparece sendo baleado durante uma abordagem. O objetivo, segundo o TJ-AC era detectar a autenticidade das imagens. O resultado da perícia foi divulgado em 14 de dezembro do ano passado e revelou que o vídeo não passou por edição.


O diretor do Instituto de Criminalista do Acre, Aleksandr Barros, explicou na época que a perícia analisou os “frames” do vídeo, ou seja, quadro a quadro da gravação, foi possível constatar que em certo momento o acusado tirou algo do colete do PM.


Porém, alega que não foi possível materializar a mão de Magalhães segurando a arma. Ele explica que o policial percebeu que Magalhães pegou algo do colete e segurou a mão do acusado.  Com informações g1acre


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