Em 2 meses, bairros da parte alta de Rio Branco registram mais de 50 ocorrências de roubo

Bairros Tancredo Neves e Montanhês são os que registram mais ocorrências, segundo dados do 5º BPM. Nos meses de abril e maio a polícia atendeu mais de 750 ocorrências nos sete bairros da região.

Em dois meses, os bairros da parte alta de Rio Branco registraram 54 ocorrências de roubo. Os dados são do 5º Batalhão da Polícia Militar e compreendem os períodos de 1º a 30 de abril a 30 de maio. O levantamento mostra ainda que houve um aumento nos casos desse tipo de crime, pois nos 30 dias de abril foram registrados 16 roubos e, no mesmo período de maio, esse número subiu para 38. Segundo o batalhão, em maio o crime representou 9,43% do total de ocorrências registradas nos sete bairros da região.


O tenente-coronel Rômulo Modesto, comandante do 5º BPM, explica que sete bairros ficam na parte alta da cidade, são eles: Alto Alegre, Defesa Civil, Jorge Lavocat, Loteamento Novo Horizonte, Montanhês, Tancredo Neves e Vila Nova .Somados os meses de maio e abril, o batalhão atendeu 759 ocorrências de vários crimes como desacato, tráfico de drogas, estupro, porte ilegal de arma e ameaça.


Desses, segundo ele, os bairros com os maiores números de ocorrências em abril foram Montanhês e Tancredo Neves, onde foram registradas 185 ocorrências, que vão desde abordagens a pessoas em atitude suspeita e averiguações até furto, roubo e homicídio. No mesmo período em maio, esse número subiu para 218.


“Algumas dessas ocorrências não denotam que foram cometidos crimes, mas foram atendidas por viaturas do batalhão. Além do furto e do roubo, percebemos que um dos crimes em que o batalhão é mais requisitado são os casos de violência doméstica contra a mulher. Em abril foram 28 casos, em maio foram registrados 40”, explica Modesto.


Moradora alega falta de segurança

Uma moradora do Loteamento Novo Horizonte, que preferiu não ser identificada, relata que sofreu uma tentativa de assalto quando seguia de casa para o trabalho há cerca de uma semana por volta de 6h40. A mulher de 22 anos relata que a criminoso a seguiu de bicicleta e a abordou pedindo dinheiro e celular. A jovem diz que não se sente segura na região e conta que os furtos e assaltos são constantes.


“Eu tinha escondido meu celular dentro da roupa e na bolsa não tinha documentos, pois moro perto do trabalho. Falei que não tinha nada e que ele podia verificar. Depois disso ele olhou para os lados e foi embora. Eu falei com o vigia na empresa onde trabalho, ligamos para a polícia, passei todas as características do assaltante e registrei um boletim. Ontem [terça, 30], outra mulher foi assaltada no mesmo local, mas dessa vez eram dois caras em uma moto”, relata.


Sobre a falta de patrulhamento nos bairros, Modesto diz que a demanda é grande e a própria viatura responsável pelas diligências é muito requisitada. Segundo ele, os homicídios ocorrem quando as equipes estão atendendo outras áreas e são cometidos por membros de facções criminosas.


“É muito difícil você coibir isso, pois, eles têm olheiros. Então, de certa forma, eles sabem onde a viatura está. Se a viatura passa no posto de gasolina, por exemplo, praticamente vai haver o acompanhamento online desse veículo pela criminalidade até o destino final dela. Toda vez que as guarnições se aproximam, eles saem do local e evitam o confronto que só ocorre em situações que estão em andamento ou ocorre o flagrante”, finaliza.


Fonte: G1


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