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‘É uma paixão’, diz aposentada que faz bonecas de pano há 30 anos em Rio Branco

Há 30 anos a aposentada Rosangêla Teles, de 60 anos, trabalha entre agulhas, retalhos, linhas e outros instrumentos que ajudam a montar bonecas de pano. Rosangêla conta que começou a fazer as bonecas por curiosidade em um curso. Após a empresa em que trabalhava falir, a aposentada passou a se dedicar mais, ajudou nas despesas da casa e também na formação em agronomia de um dos filhos.


Atualmente, a aposentada faz, além das bonecas, fantoches, bolsas e acessórios infantis de pano. As bonecas são vendidas em valores que variam de R$ 12 a R$ 60. “Trabalhava no banco e comecei a fazer um curso. Tinha a maior vontade de aprender a fazer, mas aprendi o básico com a professora porque logo depois fechou o atelier”, relembra.
Ela diz que a paixão começou ainda pequena, quando ouvia as histórias da mãe sobre as bonecas artesanais. “Minha mãe falava que no tempo dela como não tinham bonecas de plástico, faziam as de pano. Na época eram chamadas de ‘bruxinhas’ e com o tempo apareceram as de plástico”, conta.


Após o curso, Rosangêla passou a vender as bonecas – que na época eram feitas de isopor – em uma feira que funcionava aos domingos no Centro de Rio Branco. Segundo a aposentada, o dinheiro das vendas servia para pagar o vale transporte dos filhos para a escola.



“Meus meninos eram pequenos, ficavam dormindo dentro do carro quando eu ia para a feira. Trabalhava durante a semana no banco e aos domingos ia para a feira”, detalha.


Foi justamente o dinheiro das vendas que ajudou um dos filhos a se formar em agronomia, de acordo com a aposentada. Ela explica que a empresa que trabalhava faliu – após quase 24 anos de serviços prestados – e ela passou a contar apenas com a renda das bonecas.


“Quando faliu, muita gente foi para outros bancos fazer serviços prestados, mas eu não quis. Não queria mais trabalhar em banco. Queria fazer o que gostava. Meu marido era funcionário e meu dinheiro ficou mais para as crianças. Meu filho se formou na [universidade] federal, mas mesmo assim precisava tirar cópias todos dia, precisava de vale transporte. Ajudava muito nisso”, acrescenta.


A aposentada descreve com a alegria a satisfação que sente quando entrega uma boneca para uma criança. Há dois meses ela divide um ponto com uma amiga e passou a vender as peças dentro de um supermercado da capital acreana.


“Já fiz várias coisas, mas o que me identifiquei foi com as bonecas. É tão bonito quando a criança vê a boneca e os olhos brilham. É satisfatório demais. Amo fazer”, concluiu. Com informações Aline Nascimento


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