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Bope intensifica ações de combater o crime organizado

Quando a equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Acre (PMAC) entra em ação, chama atenção por onde passa. É a polícia sinônimo de ações estratégicas. É senso comum também que, se é acionado, é porque se trata de casos específicos ou extremos como, por exemplo, situações com reféns (assaltos ou sequestros) ou operações em presídios.


Mas, nos últimos seis meses, isso mudou e a especializada registra a execução de 395 operações, incluindo as que já fazem parte de sua rotina. “Um marco para o batalhão. Representou a presença mais efetiva do batalhão”, como observa o comandante do Bope, tenente-coronel Souza Filho.


As mudanças no modo de operação da equipe foram necessárias para enfrentar o crime organizado e desmobilizar as ações de quadrilhas, permitindo, inclusive, ações nos municípios. “Nós fazemos com frequência as operações de longo alcance, que são as ações que realizamos no interior”, comenta o oficial.


O comandante explica que as atividades dependem de demanda pré-definida pelo setor de inteligência do sistema de segurança pública. Mas avisa que há ações que são executadas sem demanda prévia.


“Há situações que entramos em contato com os comandantes de outros batalhões e verificamos qual regional precisa de uma atenção melhor. Definido isso, enviamos as equipes e promovemos a Operação Saturação. Ela pode ocorrer a qualquer momento, seja de manhã, à tarde ou na madrugada”, afirma Souza Filho.


Operações apresentam bons resultados
Dados da polícia revelam que este ano 97 pessoas foram conduzidas, entre as quais 17 tinham mandados de prisão. Vinte e nove armas de fogo foram apreendidas, sete armas brancas e 130 munições de diversos calibres.


As operações também possibilitaram a recuperação de coletes balísticos, três artefatos explosivos neutralizados e 32 quilos de entorpecentes foram apreendidos e encaminhados para incineração.


O comandante Souza Filho destaca que o Bope é composto por 86 homens, divididos em três companhias que são fundamentais para o bom desempenho das atividades: A Companhia de Operações de Cães (CPCães), a Companhia de Choque (CPChoque) e a Companhia de Operações Especiais (COE).


“Os trabalhos das equipes se completam. Quando realizamos operações, uma presta suporte outra. Por exemplo, se temos uma ação com a CPCães, o COE pode acompanhar para prestar apoio nas abordagens”, observa.


Souza Filho lembra que todos os membros do Bope têm especializações. Esse é um pré-requisito para fazer parte da corporação.


Quando questionado sobre o reconhecimento que o batalhão tem da sociedade, o comandante é enfático: “Isso nos honra muito, mas, também nos mostra o tamanho de nossa responsabilidade”.


O coronel diz ainda que a sociedade é uma das maiores apoiadoras do trabalho realizado pelas forças policiais.


“A população é fundamental no auxilio a nossa boa atuação. Por meio das denuncias anônimas que chegam ao setor de inteligência conseguimos sucesso em muitas operações. Em respeito a essa confiança que recebemos da comunidade, fazemos questão de assegurar o sigilo absoluto de nossas fontes. O anonimato é fundamental para a segurança de todos. Por isso, pedimos que quem tem denúncias a fazer contra a criminalidade, pode ligar anonimamente que as equipes entram em ação”, finalizou.


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