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Acre tem média anual de 94% de cura em casos de hanseníase, diz Serviço de Dermatologia

Coordenadora de serviço especializado diz que o órgão atua monitorando municípios. Acre chegou a ter 110 casos de hanseníase a cada 10 mil habitantes na década de 80.

O Acre possui uma média anual de 94% de cura em casos de hanseníase, segundo dados do Serviço de Dermatologia de Rio Branco divulgados na sexta-feira (2). O departamento diz ainda que um levantamento do Ministério da Saúde apontou que o estado está entre os três que possuem um percentual de cura acima da média nacional que é de 83%.


“A gente tem uma redução de quase 99% no número de casos com a década de 80. Obviamente que a descoberta da cura da doença teve uma primordial eficaz nesse sentido. Para esse controle, nós atuamos divulgando o atendimento que vai ter que ocorrer em cada município, há a busca desses pacientes com algum problema na pele e fazemos consulta em geral conseguindo detectar mais precocemente”, explica.


A coordenadora do Serviço Especializado em Dermatologia, Franciely Gomes, relata que, durante a década de 80, o Acre chegou a registrar 110 casos de hanseníase a cada 10 mil habitantes. Porém, atualmente há registros de 198 casos em tratamento.


O controle da doença, segundo ela, é feito através de buscas ativas de novos casos que são acompanhados para que o medicamento seja tomado efetivamente e em dia. O centro de referência estadual, que fica em Rio Branco, mantém contato com todos os municípios.


“Nosso papel é assessorar os municípios no controle de doença. Então, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), a gente consegue monitorar as pessoas que estão em tratamento e tomando o medicamento. Por exemplo, se um paciente deixou de tomar duas doses do medicamento, nós repassamos para a unidade que procura a pessoa”, diz.


A coordenadora diz que o serviço especializado atende ao menos 60 mil pessoas por ano com consultas, exames, cirurgias, curativos e outros tipos de procedimentos. Ela explica que pessoas que tenham manchas na pele que não coçam, não doem e que parecem dormentes podem procurar diretamente o serviço de dermatologia no Hospital das Clínicas sem agendamento.


“Manchas que somem e reaparecem ou coçam não estão entre os casos suspeitos. Nesses casos é preciso procurar o posto de saúde e a pessoa é encaminhada para a consulta dermatológica normal com o agendamento. A hanseníase é uma prioridade para o estado, então quem tiver manchas dormentes deve procurar o serviço”, finaliza.


Hanseníase

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no entanto poucos adoecem.


A doença atinge pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. A doença tem cura e na fase inicial não é transmissível.


Fonte: G1


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