Em conversa com um dos irmãos durante uma visita na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), onde continua internado, o vereador João Paulo Guimarães, que foi baleado durante um assalto, afirmou que não estava sendo ameaçado. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (10) pelo próprio irmão de Guimarães, que preferiu não se identificar.
O vereador foi baleado na noite de sexta (5), quando chegava na casa dele com a família, na Vila do V, zona rural do município de Porto Acre. Segundo a família, os criminosos levaram celulares e a carteira do parlamentar.
Guimarães passou por uma cirurgia, que durou cerca de cinco horas, para retirada de parte do fígado, estômago e intestino, já que a bala atingiu a região da barriga dele. Segundo o irmão, ele permanece em recuperação na UTI, mas, mesmo ainda estando em estado grave, está consciente e lembra dos detalhes do dia do assalto.
A família chegou a informar que acreditava que o crime havia sido premeditado e que o vereador de Porto Acre teve a morte encomendada. A Polícia Civil investiga o caso.
“Fiquei adiando minha visita a ele, para que ele estivesse mais estável. A primeira coisa que ele perguntou foi se já tinham pegado os suspeitos. Como vi que os sinais vitais dele alteraram, fiz somente as perguntas essenciais que o delegado me pediu. Foi quando ele disse que não estava sendo ameaçado e que os suspeitos estavam com o rosto coberto no momento do assalto”, contou o irmão.
Entenda o caso
O vereador João Paulo Guimarães foi baleado durante um assalto na noite de sexta-feira (5). O crime ocorreu quando Guimarães chegava na casa dele com a família, na Vila do V, zona rural do município de Porto Acre. Os assaltantes levaram celulares e a carteira do parlamentar.
Um dia após o ocorrido, a esposa do vereador conversou com a reportagem e contou como tudo ocorreu. Ela, que está grávida de quatro meses, estava no local quando o marido foi baleado.
“Estavámos chegando em casa da Vila do Incra. Eu não vi nada porque entrei primeiro na casa para ir ao banheiro. Ficou para entrar com o carro ele, a mãe dele e minha filha de seis anos. Quando entrou na garagem, minha sogra foi fechar o portão e tinha um cara lá e outro ficou do lado de fora. Pediam dinheiro”, conta.
Ainda de acordo com a mulher, o suspeito que entrou na casa estava com um revólver apontado para a mãe do vereador. Já o segundo assaltante, estava com uma arma maior do lado de fora da casa. Ela explicou que o marido em nenhum momento falou com o suspeito, mas sim a sogra.
“Minha sogra falou para ele entregar tudo, ele não falou nada. Ela dizia ‘meu filho nós não temos dinheiro’. Ele apontava a arma para a cara da minha sogra, virou e atirou no meu marido. Sem reação nenhuma. Minha filha estava dentro do carro. A bala atravessou a barriga dele e saiu do outro lado”, detalhou.
G1 Acre