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TJ decide fazer novo júri de PM acusado de matar segurança em balneário no Acre

No final do ano passado, o sargento foi condenado por homicídio privilegiado. Família entrou com um recurso alegando que as decisões dos jurados foram contrárias às provas.

O Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) decidiu que o sargento da Polícia Militar Jorge Weston de Andrade Mendes, de 39 anos, acusado de matar o vigilante Raimundo Carlos Costa de Araújo, de 37, em um balneário na estrada do Quixadá em julho do ano passado, será julgado novamente. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (24).


A Polícia Militar do Acre informou que não vai se pronunciar sobre o caso. O G1 entrou em contato com o advogado de Mendes, Everton Frota, e foi informado que a defesa deve se pronunciar posteriormente.


Conforme a publicação, a Câmara Criminal anulou a decisão do Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco, que havia condenado o sargento por homicídio privilegiado. A Justiça determinou que Mendes deve passar novamente por um júri popular. A data do novo julgamento não foi informada.


“Portanto, se a decisão dos jurados não encontra respaldo em elementos de prova, é de ser tida como manifestamente contrária à prova dos autos, cabendo a anulação do julgamento, para que o apelado seja submetido a outro”, diz a decisão.


Um dos irmãos da vítima, que preferiu não ter o nome revelado, informou que a família resolveu entrar com apelação após o julgamento de Mendes no final do ano passado. Segundo ele, a família, por meio da defesa, entrou com um recurso alegando que as decisões dos jurados foram contra as provas.


“Após o julgamento, a gente avaliou melhor a situação e vi que era possível recorrer e foi o que fizemos. Pelo que lembro, o policial foi condenado a pouco mais de sete anos, mas como foi reconhecido homicídio privilegiado, que foi o que a gente recorreu, ele teria que cumprir quatro anos e pouco de prisão”, contou o irmão.


A família da vítima comemorou a anulação do primeiro julgamento. “Com isso é possível acreditar novamente que a justiça vai ser feita, já que a gente estava descrente com tudo que aconteceu. Mas, não deixa de ser uma vitória. A gente acredita que ele vai pagar pelo que ele fez”, concluiu.


Vigilante morreu após ser atingido por quatro tiros em balneário de Rio Branco (Foto: Arquivo Pessoal)Vigilante morreu após ser atingido por quatro tiros em balneário de Rio Branco (Foto: Arquivo Pessoal)

Vigilante morreu após ser atingido por quatro tiros em balneário de Rio Branco (Foto: Arquivo Pessoal)


Entenda o caso

O vigilante Raimundo Carlos Costa de Araújo, de 37 anos, foi morto em um balneário de Rio Branco no dia 25 de julho de 2016. De acordo com a PM, em matéria publicada no G1 no dia do crime, o sargento teria chamado a esposa da vítima para dançar, gerando uma discussão e o vigilante teria reagido e dado um soco nele. Após a briga, o homem foi alvejado com os disparos.


A matéria diz ainda, que uma testemunha que estava no local e não quis se identificar contou que Araújo não teria dado um soco no sargento e que o policial estava alterado e teria mexido com a mulher da vítima. Ao ser preso, a PM informou que o acusado não apresentava sinais de embriaguez.


Um grupo de vigilantes chegou a fazer uma manifestação contra a morte de Araújo. Os colegas de trabalho se reuniram em frente ao Sindicato dos Vigilantes, localizado na Avenida Ceará um dia após o crime.


Fonte: G1


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