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Sindicato rejeita nova proposta dos Correios e decide manter greve no Acre

Decisão foi tomada durante assembleia na tarde desta sexta-feira (5). Sintect-AC foi um dos 32 do país que decidiu manter a interrupção do serviço.

indicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-AC) foi um dos 32 do país que rejeitaram, durante assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (5), uma nova proposta feita pela empresa. Com isso, a greve – iniciada no dia 27 de março – permanece no estado acreano.


O presidente do Sintect-AC, Edson Pinheiro, afirma que a proposta dos Correios não sana nenhuma das reivindicações como o fim das demissões incentivadas ou da mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em relação ao plano de saúde. A categoria pede também o fim da suspensão das férias.


“Entendemos que a proposta não contempla nenhuma pauta reivindicada pensando em oferecer um serviço de qualidade à população. A greve continua por tempo indeterminado. Além disso, na compensação dos dias parados, a presidência não quer compensar o dia 28, ou seja, caso fosse aceita, já ia descontar”, ressalta.


Em nota, os Correios afirmaram que “confiam no bom senso de seus empregados para encerrar a paralisação parcial, de forma a não prejudicar, ainda mais, a sustentabilidade da empresa e a qualidade dos serviços prestados à população”.


Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), ainda não foi marcada a data de uma nova rodada de negociações. O Sintect-AC, por sua vez, acrescenta que uma nova assembleia para avaliar o movimento deve ocorrer na próxima terça-feira (9).


Crise nos Correios

Os Correios enfrentam uma severa crise econômica e medidas para reduzir gastos e melhorar a lucratividade da estatal estão em pauta. Nos últimos dois anos, os Correios apresentaram prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões. Desse total, 65% correspondem a despesas de pessoal.


Em 2016, os Correios anunciaram um Programa de Demissão Incentivada (PDI) e pretendia atingir a meta de 8 mil servidores, mas apenas 5,5 mil aderiram ao programa.


Os Correios planejam também fechar cerca de 200 agências neste ano, além de uma série de medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos. Segundo os Correios, o fechamento dessas agências acontecerá sobretudo nos grandes centros urbanos.


No dia 20 de abril, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou que a demissão de servidores concursados está na pauta e vem sendo estudada. Segundo ele, os Correios não têm condições de continuar arcando com sua atual folha de pagamento e contratou um estudo para calcular quantos servidores teriam que ser demitidos para que o gasto com a folha fosse ajustado.


Nesta quinta-feira, no entanto, foi anunciada a escolha da organizadora do próximo concurso dos Correios para as áreas de saúde, segurança e engenharia para os cargos de auxiliar de enfermagem do trabalho júnior, técnico de segurança do trabalho júnior, enfermeiro do trabalho júnior, engenheiro de segurança do trabalho júnior e médico do trabalho júnior. O número de vagas e salários não foram divulgados.


O último concurso dos Correios foi realizado em 2011 para 9,1 mil vagas.


Fonte: G1


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