Ato foi organizado pela Frente Brasil Popular. Grupo defende a saída do atual presidente da República.
Integrantes da Frente Brasil Popular e de centrais sindicais participaram de um ato em frente ao Palácio Rio Branco, no Centro da capital, na tarde deste domingo. Os manifestantes pedem a saída do presidente Michel Temer e exigem eleições diretas. O protesto contou com a presença de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Os atos foram motivados pela delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. No sábado (20), Temer disse que continua na Presidência e pediu suspensão do inquérito que o investiga.
A organização estima que 700 pessoas participaram do protesto. A Polícia Militar não esteve no local e, por isso, não há estimativa do comando. O presidente da CTB, José Uchôa, disse que o ato pede o impeachment do atual presidente do Brasil, Michel Temer, e eleições diretas.
“Pedimos eleições diretas para que o povo seja chamado nesse momento de crise grave aguda no Brasil e dê sua opinião para que rumo ele vai apontar a saída. Uma solução para essa crise eterna que a gente está mergulhado há um bom tempo. Então, a intenção do movimento é chamar o povo para participar do movimento e conquistar o direito de intervir no processo através da eleição livre e soberana”, diz.
Uchôa informou ainda que, apesar de o movimento ter sido convocado pela CUT, é amplo e apartidário. “Tudo está sendo resolvido em gabinete, em congresso e a possibilidade do povo participar são as eleições diretas, então esse ato tem essa conotação”, destaca.
O representante da UBES no Acre, Rodrigo Soares, além de pedir a saída do presidente, disse que espera mais investimentos na educação.
“Depois que esse governo assumiu, tivemos muitos problemas em relação à Educação do nosso país, tivemos cortes na educação. Nós esperamos mais investimentos e que a gente tenha um porta-voz para receber nossas reivindicações e que invistam nos jovens. Somos o futuro do país, precisamos ser ouvidos”, diz.
A professora e psicóloga Maria das Graças levou o seu filho de 9 anos para o protesto. Ela defende as eleições diretas e diz que é importante que a juventude se inteire do que está acontecendo politicamente no país.
“Acho que está na hora das pessoas mais jovens também começarem a se mobilizar, não dá pra suportar a corrupção que tomou conta desse país. O golpe que aconteceu, agora o golpe do golpe e a gente não sabe onde esse país vai parar se o povo não for para as ruas e a gente não mobilizar novas eleições há. Eu desejo um país mais honesto, onde cada pessoa respeite o meio ambiente e as outras pessoas e que cada um cumpra o seu dever. Nem mais nem menos, cada brasileiro precisa tomar pra si a responsabilidade de fazer o que é certo nesse país, a gente não pode se envaidecer. Nós precisamos agir aqui e agora”, enfatiza.