Equipe de psicólogo e assistente social estão acompanhando caso, segundo secretário. Caso ocorreu na segunda (22) na zona rural de Sena Madureira, interior do Acre.
A meninda de 10 anos que levou vários golpes de terçado após se negar a fazer sexo com um homem está recebendo assistente da Secretaria de Políticas Públicas paras as Mulheres. A secretária da pasta, Concita Maia, informou que a equipe multidiciplinar do órgão, com uma psicóloga e assistente social, está acompanhando o caso.
O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira (22) no Ramal do 25, localidade conhecida como Cassirian, na zona rural da cidade de Sena Madureira, interior do estado. O suspeito foi preso horas após o crime. A menina chegou a ficar internada no Hospital João Câncio Fernandes e recebeu alta médica nesta quarta (24).
“A nossa assistência foi no sentido de encaminhar a equipe multidiciplinar para fazer abordagem tanto da menor e também dos seus familiares. Inclusive o pai dela foi atingido também pelos golpes e a mãe está em um estado emocional bastante alterado”, afirmou a secretária.
A equipe elaborou relatórios que incluíram a situação econômica da família. Segundo a secretária, a família vivia em uma fazenda onde o pai da menina trabalhava como caseiro e eles não têm para onde ir.
Concita afirmou que a secretaria, através de parceria com a Secretaria de Pequenos Negócios, deve dar auxílio para que a família tenha uma renda.
“Para nós é uma questão de cumprimento do nosso dever. Nossa alma também sangra quando qualquer mulher, seja adolescente, menor ou idosa, sofre violência. Mexeu com uma, mexeu com todas. Estamos fazendo todas as abordagens possíveis para garantir a integridade psicológica e física da menor e consequentemente a integridade social e econômica da família como um todo”, concluiu.
‘Me sinto culpada’, diz mãe
Ainda muito abalada, a mãe da menina conversou com o G1 nesta quinta-feira (25). A dona de casa, que preferiu não ter o nome divulgado, contou que se sente culpada pelo que ocorreu com a filha.
“Me sinto muito culpada por tudo que aconteceu, porque acho que tinha que ter prestado mais atenção. No momento que ele chegou para pedir para dormir lá em casa, era para eu ter expulsado, mas como era amigo, eu disse que podia. Eu nunca imaginava que ele pudesse fazer uma coisa dessa”, contou a mãe.
Relação com o suspeito
A dona de casa contou que a relação com o suspeito era de amizade. Segundo ela, Alessandro Nunes Rodrigues, de 36 anos, morava em Sena Madureira, mas ia sempre à fazenda do pai, que fica no mesmo ramal da família e, por isso, estavam sempre juntos.
“Ele era vizinho de comer na mesa com a gente, de sempre estar lá em casa. A gente sempre estava junto. Nunca percebi nada dele. Só uma vez surgiu um comentário de que ele estava no ramal dizendo que estava apaixonado por ela e que estava só esperando ela crescer mais um pouco para poder pegar. Quando soube disso, eu chamei ele e falei que não era para estar falando isso, ele pediu desculpas e disse que era mentira das pessoas”, afirmou a mãe.
Fonte: G1