O curso de Licenciatura Indígena, ofertado no campus floresta da Universidade Federal do Acre (Ufac), conquistou nota cinco no processo de avaliação de reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). A nota alcançada é a maior pontuação que um Curso de Graduação pode receber.
A Comissão de Reconhecimento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo conceito do MEC, esteve no campus de Cruzeiro do Sul nos dias 04 e 05 de maio para avaliar o curso criado pela Resoluc?a?o de número 21, de 25 de outubro de 2007 e reformulado pela Resoluc?a?o Consu de número 09, de 12 de fevereiro de 2016. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira, 08.
Para a pró-reitora de graduação da Ufac, professora Aline Nicolli, o resultado é fruto de uma trabalho coletivo. “Estamos muito felizes. Isso é resultado dos esforços de toda a equipe envolvida na concretização desse curso. A atual e a ex direção do Centro de Educação e Letras (CEL), a coordenação do curso, o corpo docente, a equipe do Núcleo Docente Estruturante (NDE), o colegiado do curso, os egressos da primeira turma, os novos estudantes que iniciarão suas atividades em breve e todos os demais colaboradores do CEL e do Centro Multidisciplinar (Cmulti). Esse cinco é, com certeza, resultado do trabalho de cada um desses sujeitos”. Para chegar à nota final, os avaliadores levaram em consideração a organização didático pedagógica, o corpo docente e a infraestrutura do curso.
O curso de Licenciatura Indígena formou a primeira turma em janeiro de 2014, com 51 indígenas. Em 2016, o novo projeto pedagógico do curso foi aprovado. A segunda turma do curso terá início no próximo dia 19 de junho, com 50 novos estudantes de diferentes comunidades indígenas. “As aulas serão ofertadas em oito módulos. Ao todo, foram preenchidas as 50 vagas ofertadas no processo seletivo que teve um universo de 567 inscritos. São alunos que vão ingressar em um curso de nível superior reconhecido e com nota máxima”, explica a pró-reitora. “A Ufac acredita que o principal ganho com a oferta do curso de Licenciatura Indígena é o valor social. Dando oportunidade de acesso ao ensino superior a indígenas de diferentes comunidades, localizadas nas diferentes regiões do estado. A Ufac está contribuindo com a melhoria da educação básica dentro da própria comunidade e fomentando o possível interesse de outros indígenas a cursar esse curso de graduação ou qualquer outro da instituição”, apontou.
O curso de Licenciatura Indígena é o único do Estado voltado especificamente para a comunidade indígena. Do total de vagas, 75% são destinadas a indígenas com experiência em magistério e os 25% restantes para estudantes indígenas.
Asscom/Ufac