O grupo é composto por quinze ex-funcionários que foram demitidos e ainda não receberam seus direitos trabalhistas. Donos das empresas devem ser ouvidos na segunda-feira (29).
Os trabalhos da CPI que investiga possíveis fraudes nos contratos das empresas de transporte coletivo de Rio Branco continuam. Desde quando foi instaurada em fevereiro deste ano, a comissão já esteve reunida por cinco vezes. Algumas etapas já foram concluídas, entre elas, a de solicitação de documentos e algumas oitivas. Mas, pelo menos por enquanto, nenhuma conclusão pode ser tomada. Agora, novas denúncias envolvendo as duas empresas de transporte coletivo que estão sendo investigadas, chegaram à câmara dos vereadores.
O grupo é composto por quinze pessoas. São ex-motoristas e ex-cobradores que, mesmo depois de demitidos, ainda não receberam os direitos trabalhistas. “A empresa entrou em recuperação judicial por seis meses. Já acabou o prazo, dia 3 do mês passado, e até agora a gente não teve nenhuma resposta. Agora uma empresa que roda direto, como é que ela está em recuperação judicial?”, questiona a ex-cobradora Francisca das Chagas.
Durante a reunião, os ex-funcionários tiveram a oportunidade de apresentar as reivindicações e pedir ajuda à Casa. Com isso, somam mais algumas informações que poderão contribuir para a elaboração do relatório final da CPI dos Transportes. Mas, enquanto os trabalhos não são concluídos, muitas divergências, entre os próprios integrantes da comissão, são facilmente percebidos.
O vereador do PC do B Eduardo Farias, por exemplo, diz que após tantas etapas ainda não há indícios de irregularidades. “Já juntamos documentos, estamos estudando os documentos, e até o momento o relatório está sendo feito sem nenhum dado ainda que comprove qualquer irregularidade na condução do sistema coletivo de Rio Branco, principalmente no que diz respeito a renovação do contrato”, disse.
Já Roberto Duarte, vereador do PMDB, diz que as irregularidades existem e são facilmente percebidas. “Em uma singela vistoria que fiz nesses documentos, já achei inúmeras irregularidades. Aí depois passamos a oitiva de algumas pessoas e ali também houve o reconhecimento de falta de apresentação de certidões negativas com relação aos impostos municipais, estaduais e federais”, alega.
Na próxima segunda-feira (29), será a vez dos donos das empresas envolvidas na CPI serem ouvidos pela comissão.
Fonte: G1