Essa foi a primeira Conferência Municipal de Mulheres realizada em Rio Branco. Debate deve gerar medidas criativas, acredita secretário municipal de Saúde.
Palestras, mesas redondas e debates fizeram parte da 1ª Conferência Municipal de Mulheres realizada em Rio Branco nesta terça-feira (23). O encontro reuniu representantes de diversos grupos, como o das mulheres negras, LGBT, ribeirinhas e de conselhos populares dos bairros. desafio é identificar as principais reivindicações delas quando o assunto está relacionado ao acesso à Saúde.
E um dos pontos que foram apresentados e que mais chocaram os participantes foi a questão de que, quando é preciso retirar os direitos das pessoas, as mulheres sempre são as primeiras a serem atingidas.
“Nós como mulheres negras estamos aqui pautando as nossas reivindicações da saúde da mulher. Sabemos que dentro do SUS, uma deficiência é a questão da saúde das mulheres negras”, diz Amine Carvalho, coordenadora da Associação Mulher Negra.
A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Isabela Sobrinho, enfatizou a importância do debate. “É hiper importante a participação de todos para discutir políticas. Política democrática se faz com todos, não se faz sentado dentro de gabinete planejando. Nós temos que discutir, ouvir as pessoas e saber se essa política está chegando até elas”, disse.
A representante da LGBT , Tânia Silva, diz que a discriminação ainda é muito sentida pelas mulheres. “Por sermos negras, do segmento LGBT, a gente se sente um pouco discriminada perante a saúde pública, porque a humanização é uma coisa que nem todas as pessoas que trabalham no setor nos olham assim”, diz.
O secretário municipal de Saúde, Oteniel Almeida, diz que o debate é importante e visa traçar novas medidas de políticas públicas para as mulheres.
“Dessa conferência, não tenho dúvida que vão sair ideias criativas e novidades para que nós do poder público possamos implementar. Tudo que sair da conferência, nós vamos fazer esforço para garantir o orçamento, trabalhar junto à Câmara de Vereadores para aprovar e garantir que as mulheres possam ter melhores qualidade de vida na nossa cidade”, finaliza.
Fonte: G1
