Mary Lambert, 28 anos, falou sobre traumas da infância e como usa a música para encarar o dia a dia em entrevista de repercussão internacional. A cantora revelou que ela sofreu agressão sexual em casa quando era mais jovem.
“Eu fui assediada pelo pai ainda muito nova. Na hora, você não sabe o que está acontecendo, especialmente porque era criada naquele ambiente”, afirmou ao periódico norte-americano NY Daily News.
Ela também declarou ter sofrido com transtorno bipolar. “Estava vivendo em extremos. Uma hora achava que teria o melhor dia de sempre, mas, depois de um tempo, pensava que voltaria para casa e gostaria de morrer. No entanto, não fui tratada (como uma pessoa) com transtorno bipolar. Quando eu tinha 16 anos, fui para um quartel do Exército e fui estuprada coletivamente. Você meio que entra em modo de sobrevivência. É como se encarasse: ‘OK, como posso navegar esta situação?'”, relata.
Fundo do poço
Após uma adolescência marcada por traumas, Mary chegou a tentar o suicídio quando tinha 18 anos. Dez anos depois, afirma estar em uma boa fase. “Estou feliz por não ter morrido. Estou tão feliz porque estou viva e não cedi. Mas não foi fácil.”
A cantora afirmou que acredita poder auxiliar pessoas em situação similar por meio de seu trabalho musical. “Há tantos de nós morrendo… Espero que, de alguma forma, eu possa ajudar”.
Quando lançou o álbum “Heart on My Sleeve”, em 2014, falou abertamente sobre seu transtorno bipolar, seu peso e sua família “disfuncional” no single “Secrets”. “Tudo dá certo no fim. E, se não deu certo, não é o fim”, declarou.