Na semana passada, o governo do Acre implantou o serviço de bloqueio de sinais de telefonia e internet no Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde (FOC) e no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, ambos em Rio Branco. Os mais de R$ 2 milhões em investimentos fazem parte das ações de segurança pública que visam bloquear a comunicação entre as unidades penitenciárias e o mundo externo e vice-versa.
Os aparelhos instalados pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) são de última geração e possibilitam o corte de sinais de qualquer operadora de telefonia móvel dentro dos presídios. Conforme surgirem novas tecnologias superiores ao do bloqueio de sinais, o sistema é ajustável e permite uma atualização.
“Há uma cláusula no contrato com a empresa que fez a instalação e é responsável pela manutenção, dizendo que o sistema operante, caso sofra uma violação, poderá ser atualizado para manter o bloqueio contínuo de sinal dentro dos presídios”, explica Martin Hessel, diretor-presidente do Iapen.
Hessel explica que esse sistema de bloqueio de sinais de telefonia é o mais moderno que se utiliza nos presídios. Ao ser acionado, ele forma uma nuvem eletromagnética em cima da unidade prisional que impede a passagem de frequência de qualquer operadora telefônica. O equipamento funciona somente dentro do perímetro delimitado, não prejudicando a comunicação das pessoas que moram ao redor das penitenciárias.
“Essa é uma das medidas de segurança adotada pelo governo do Estado, pois nos últimos dois anos nós trabalhamos muito nos trâmites burocráticos para que ocorresse a implantação desse serviço de bloqueio de sinal de celulares. Esse momento faz parte de uma série de investimentos pelos quais passa o sistema penitenciário do Acre”, detalhou Hessel.
Mais tranquilidade para a população
O bloqueio de sinal telefônico e de internet possibilita maior sensação de segurança à população, servidores do sistema penitenciário e das polícias, além de maior tranquilidade às famílias dos reeducandos, que em alguns casos eram extorquidas com chantagens de internos de dentro da unidade prisional.
“Com o bloqueio, será combatido o tráfico de drogas, além do ordenamento de outros crimes que partem de dentro do presídio, pois a comunicação entre presos e pessoas fora das unidades prisionais, por meio de telefonemas, ou pelas redes sociais, foi cortada definitivamente”, ressalta Hessel.
Os agentes penitenciários e os demais servidores continuam com uma comunicação sendo realizada normalmente, por meio de radiocomunicadores, telefones fixos e internet corporativa via cabo.
Fonte: AC24