Ícone do site Ecos da Noticia

Após redução de mortes, facções criminosas voltam a se enfrentar em Rio Branco, diz polícia

Sete mortes foram registradas entre a quarta (24) e o sábado (27) na capital acreana. Polícia diz que já sabe porque facções voltaram a ser enfrentar.

Após apresentar redução no número de mortes violentas entre março e abril, a capital acreana, Rio Branco, voltou a registrar vários assassinatos. De acordo com dados do Instituto Médico Legal (IML), foram registrados sete homicídios entre a quarta (24) e o sábado (27) em Rio Branco. A motivação das mortes, segundo a Polícia Civil, é a guerra entre facções criminosas.


A Polícia Civil anunciou na sexta (26) que a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) reforçou a equipe e estava em diligências para prender os responsáveis pelos crimes. Na manhã desta segunda (29), o coordenador da DHPP, delegado Rêmulo Diniz, falou que a polícia já suspeita do motivo pelo qual as facções voltaram a se enfrentar.


“A DHPP esteve presente desde os primeiros minutos, uma vez que é notificado um tiroteio ou até mesmo uma morte, nos fazemos presente e está sendo levantado cada caso. Desses homicídios, temos certeza que dois não tem nada a ver com a questão de guerra. Três estamos levando em consideração que seja de fato pela guerra, que já estava em paz”, falou.


Diniz disse ainda que a trégua entre as facções encerrou com a morte de José Edmilson Farias de Lima, de 55 anos. O homem foi assassinado a tiros na quarta na Rua Diógenes, no bairro Taquari. Segundo o delegado, um dos responsáveis pelo crime, segundo a polícia, era o jovem Raifran Oliveira Nascimento, de 20 anos, morto no Loteamento Amapá.


“Começou com a morte no Taquari. Um dos autores foi identificado, interrogado e, 24h depois de liberado, foi executado na Praia do Amapá. Já existia essa ordem que voltasse entre eles [facções]”, comentou.


Sobre as mortes, o coordenador da DHPP explicou que o mês de maio tinha registrado, até o dia 24, apenas nove homicídios. Além dos assassinatos, houve trocas de tiros e diversas tentativas de homicídios nos bairros de Rio Branco.


“Infelizmente, tivemos esse aumento de ocorrências, tanto de homicídios como de tentativas. Uma violência na cidade com troca de tiros, disparos com arma de fogo, foram registradas muitas ocorrências e algumas vítimas atendida no PS [Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco] vão ser ouvidas agora aqui na DHPP”, concluiu.


Sete pessoas foram mortas a tiros em Rio Branco (Foto: Aline Nascimento/G1)

Sete pessoas foram mortas a tiros em Rio Branco (Foto: Aline Nascimento/G1)


Mortes

José Edmilson Farias de Lima foi morto na manhã desta quarta (24) na Rua Diógenes, no bairro Taquari, em Rio Branco. Lima levou um tiro no tórax e outro na cabeça. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser liberado aos familiares.


Na quinta (25), Railson Lucas de Souza, de 31 anos, morreu na Rua Antônio Pessoa Jucá, no bairro Montanhês, quando ajudava uma mulher a colar cartazes. Após ser baleado, Souza conseguiu fugir e caiu na porta de uma igreja evangélica.


Já no período da tarde, Diones Oliveira Silva, de 20 anos, foi morto com um tiro nas costas quando andava de bicicleta na Rua Campo Novo, bairro Airton Sena. O 3º Batalhão da Polícia Militar do Acre (3BPM) informou que dois homens se aproximaram da vítima e atiraram. Ninguém foi preso.


Othon da Silva Oliveira, de 25 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) após ser baleado na Rua Valdomiro Lopes, bairro Conquista. Os tiros que atingiram o jovem foram disparados por um homem na tarde de quinta. Uma mulher de 48 anos também foi baleada de raspão e levada para o hospital. Familiares de Oliveira afirmaram que ele estava no lugar errado e na hora errada.


No período da noite, o agricultor Laudimiro Pereira Barroso, de 39 anos, morreu no bairro Tancredo Neves. Segundo os familiares, Barroso saiu de casa para encontrar com um dos filhos. Ele morreu no local do crime e ninguém foi preso. Os familiares contaram que Barroso não tinha envolvimento com facções criminosas e desconhecem a motivação do crime.


Na sexta (26), Raifran Oliveira do Nascimento levou vários tiros e morreu no Loteamento Amapá. Leonardo de Souza, de 23 anos, andava de bicicleta pela rua Mem de Sá, bairro Bahia Velha, quando foi baleado na cabeça e morreu ainda no local.


Fonte: G1


Sair da versão mobile