Acre registra mais de 20 mortes violentas durante o mês de abril

Dados estão disponíveis no site do Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco. No total, foram contabilizadas em abril 23 mortes violentas, segundo instituto.

A capital acreana, Rio Branco, registrou 23 mortes violentas durante o mês de abril. Ao todo, 17 mortes foram causadas por ferimento de arma de fogo. Dessas, onze ocorreram em Rio Branco e seis em municípios no interior do Acre. O restante das mortes foram causadas por armas brancas ou espancamentos. As informações são do Instituto Médico Legal (IML) da capital acreana.


O número é 46,1% menor que o de março, quando foram registradas 39 mortes violentas. A maioria delas por ferimento de arma de fogo.


Em janeiro, 29 vítimas morreram por disparo de arma de fogo. Desse total, quatro morreram durante confronto com a polícia. Os outros oito crimes foram praticados com arma branca. Já em fevereiro, dos 20 assassinatos registrados, 16 foram com arma de fogo, os demais com arma branca e três pessoas morreram em confronto com a polícia.


1º a 7 de abril

Claudecir Mariano Barbosa, de 45 anos, morreu no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), após ser atingido por ao menos três disparos de arma de fogo na tarde do dia 1º de abril, no bairro Manoel Julião. Conforme a Polícia Civil, o crime possui características de execução. Segundo familiares, Barbosa era motorista e estava afastado do trabalho por problemas de saúde.


O adolescente Walef Diniz Azevedo, de 16 anos, também morreu no Huerb, em 1º de abril, após ser atingido por disparos de arma de fogo.


No dia 2 de abril, Gilvan Gomes da Silva, de 38 anos, foi torturado e morto na zona rural de Brasileia, no interior do Acre. Dois irmãos foram presos suspeitos de cometerem o crime. Segundo a Polícia Civil, o o alvo da dupla seria outro irmão deles, mas, como não o encontraram, mataram o cunhado. Ainda conforme a polícia, a dupla relatou em depoimento na delegacia que queria matar o irmão porque ele teria feito um empréstimo no valor de R$ 15 mil no nome da mãe deles e não teria pago.


Na noite de 3 de abril, o jovem Alexandre dos Santos Lima, de 18 anos, foi morto com um tiro e facadas. O crime ocorreu na Vila Caquetá, zona rural de Porto Acre, interior do estado. Ao G1, a família de Lima relatou que ele tinha chegado de um jogo de futebol quando teve a casa invadida e foi morto na frente da mãe.


Rodrigo Wchoa Ribeiro, de 33 anos, foi morto na tarde de 5 de abril, na Travessa Capixaba, no bairro João Eduardo. Segundo informações do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) o homem foi abordado em via pública pelos autores, que trafegavam em uma motocicleta. O órgão não soube precisar quantos disparos foram feitos. Ribeiro morreu no local do crime.


8 a 14 de abril

Antônio Jair Rocha, de 36 anos, morreu em uma troca de tiros com a polícia. A morte ocorreu no dia 9 de abril quando Polícia Militar de Cruzeiro do Sul realizou a apreensão de 180 kg de substância aparentando ser cocaína. A ação ocorreu na Comunidade Foz do Paraná dos Moura. A droga foi apreendida durante operação feita pelo Comandando de Operações Especiais (COE).


Ainda no dia 9 de abril, a adolescente Andresa Valentim Serpa, de 12 anos, morreu no hospital do município de Brasileia, interior do Acre. Andresa levou uma facada na região do tórax, no bairro Samaúma. A família suspeita que uma menor de 15 anos que seria amiga de Andresa tenha esfaqueado a jovem.


O empresário Sérgio Humberto de Lima, de 51 anos, morreu após ser baleado na noite de 9 de abril. Lima saía de um culto em uma igreja evangélica na cidade de Senador Guiomard, interior do Acre, quando foi atingido por disparos feitos por um homem em uma bicicleta. A família acredita que a morte de Lima tenha sido causada por um ex-presidiário. A vítima estaria envolvida com a mulher do suspeito.


15 a 21 de abril

Flangelo Muniz de Araújo morreu em 15 de abril após ser alvejado com um disparo de arma de fogo no bairro Ivete Vargas, Segundo Distrito de Rio Branco. De acordo com informações do Samu, o tiro saiu de uma escopeta e Araújo morreu ainda no local.


No dia seguinte, 16 de abril, foi registrada a morte de Ademar Lopes da Silva no bairro Belo Jardim I por volta de 1h da madrugada. O tiro atingiu o lado esquerdo do rosto, saindo do lado direito. Ainda conforme o Samu, a vítima estava de carro, dando carona a uma mulher grávida, quando foi surpreendida e recebeu o disparo.


Já em Xapuri, interior do Acre, foi registrada, em dia 16 de abril, a morte de Luciano Oliveira Benfica. A vítima foi morta por disparo de arma de fogo, segundo o IML. Ainda neste dia, dessa vez em Rio Branco, Ader Carlos Gomes Martins morreu no Huerb após sofrer ferimentos de arma branca.


O taxista Adão Pessoa de Lemos Júnior foi morto a tiros na noite do dia 20 de abril, no Ramal Guarani, no município de Senador Guiomard, interior do Acre. A vítima foi atingida com ao menos quatro tiros, morreu no local e o corpo foi encaminhado para o IML de Rio Branco. A polícia informou que o corpo de Lemos foi encontrado dentro do carro.


22 a 28 de abril

Na noite de 23 de abril, o jovem Disnei Queiroz Silva Júnior, de 19 anos, foi morto com vários tiros no Ramal do Sinteac, em Rio Branco. O crime é investigado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).


Já na manhã do dia 26, o adolescente Pedro Evaristo do Nascimento Neto, de 16 anos, foi encontrado na Ala C do alojamento 2 do Centro Socioeducativo Santa Juliana, em Rio Branco, de acordo Instituto Socioeducativo Educativo do Acre (ISE). A vítima cumpria medida educativa há quatro meses por roubo praticado em Assis Brasil, interior do Acre. O corpo foi levado para o IML. Ao G1, a irmã de Neto, a estudante Veridiana Evaristo, de 23 anos, disse que o jovem de 16 anos havia pedido ajuda para se livrar do vício em entorpecentes.


Jamilde Souza Firmino, de 28 anos, e João Vitor de Oliveira Araújo, de 16 anos foram mortos na noite de 26 de abril durante uma ação da Polícia Militar (PM-AC) dentro do Parque Urbano Capitão Ciríaco, em Rio Branco. Na ação cinco criminosos foram presos e dois menores apreendidos. A polícia também apreendeu drogas e armas.


Ainda no dia 26, Adno Francisco de Arruda, de 47 anos, morreu no Huerb, em Rio Branco, após sofrer ferimentos de arma de fogo.


29 a 30 de abril

O jovem Alisson da Silva Santos, de 25 anos, foi morto com um tiro na cabeça, na madrugada de 29 de abril, em frente a uma casa noturna, no bairro Tancredo Neves, em Rio Branco. Segundo a família, Santos foi baleado quando saiu da festa para comprar cigarro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas a vítima já estava morta.


O produtor de queijo Evaldo Corrêa da Silva, de 43 anos, também morreu no dia 29 de abril no Huerb, em Rio Branco. Silva foi transferido para a capital após ser espancado com pedaços de madeira e ferro na comunidade Santa Luzia, zona rural de Cruzeiro do Sul, no dia 21 de abril. Após uma semana internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ele não resistiu e morreu devido a complicações no traumatismo craniano grave que a vítima apresentava.


O corpo de Anderson da Silva Neves, de 18 anos, foi encontrado, no dia 30 de abril, no bairro Vitória, no município de Sena Madureira, interior do Acre. De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima estava sentada no sofá de uma casa com um tiro na cabeça. O dono da casa foi preso.


Ainda no dia 30 de abril, Rodrigo Amaral Brito, de 23 anos, foi morto com seis tiros na cabeça, na Travessa Chico Mendes, bairro Bahia Velha, em Rio Branco. As informações foram repassadas pelo 3° Batalhão da Polícia Militar. Ao G1, a Polícia Civil informou que investiga o caso. Durante a ação, os criminosos fecharam a rua, segundo a polícia, e efetuaram ao menos vinte disparos contra a vítima. Desses, quatro atingiram o rosto e dois a nuca. A vítima morreu no local.


Já em Brasileia, no interior do Acre, um homem de 45 anos foi morto a pauladas no bairro Samaúma, no município de Brasileia, interior do Acre. Cícero Carneiro da Silva foi vítima de traumatismo cranioencefálico, segundo informações preliminares do Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil acredita em latrocínio.


Fonte: G1


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