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População reprova aumento do valor de diárias para vereadores

Os vereadores de Cruzeiro do Sul aprovaram, em sessão  realizada na quinta-feira (06), um projeto de lei que eleva o valor de diárias dos parlamentares, assessores e cargos comissionados para viagens intermunicipais, a outros estados da federação e internacionais. A decisão repercutiu na cidade e rendeu uma enxurrada de críticas aos representantes do Legislativo Municipal.


Com a aprovação do projeto,  que teve o aval dos dez parlamentares que compareceram à sessão, a ajuda de custo, por dia, para viagens a outros municípios do  estado passou de R$ 350,00 para R$ 550,00. A diária para outros estados que custava aos cofres públicos um valor de R$ 600,00 subiu para R$ 850,00. Em casos de viagens, a serviço, em outros  países, o vereador receberá agora uma diária de R$ 900,00.


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O presidente da Câmara, Romário Tavares (PMDB) tentou justificar o  reajuste alegando que há 12 anos os valores eram os mesmos e que, as despesas são altas com hospedagens e alimentação quando se precisa sair do município.


“Para se ter uma ideia, uma vez que fomos a Brasília, fomos almoçar em um restaurante simples e quando solicitamos a refeição que soubemos que custava R$ 75,00 por pessoa, o vereador Elenildo perguntou se podia devolver o prato, pois não tinha como pagar pois era muito caro. Para passar um dia em um hotel dos mais simples, temos que pagar acima de R$ 250,00” – justifica Tavares.


Os argumentos do parlamentar não convencem a população. A aposentada Maria  de Lourdes Pires Sampaio, 83 anos de idade, demonstrou indignação com atitude dos vereadores. Para ela, antes de pensar em aumentar as próprias vantagens, os parlamentares deveriam procurar investir nas causas prioritárias para o povo.


“Isso é demais.  Tem muita gente passando necessidade por aí. Esse dinheiro deveria ser investido em benefícios dos mais necessitados. Pra colocar remédio nos postos de saúde, estruturar para evitar o que acontece hoje que quando vamos realizar um exame mais complexo, não tem nada” – desabafou De Lourdes.


O educador Ernilson Saraiva de Freitas, 48 anos, também declarou que ficou revoltado com a decisão dos  representantes do povo. “O povo, em sua maioria que trabalha, recebe um salário  de miséria. Então eu acho isso uma vergonha! Vai contra o que eles pregam em campanha que querem ser eleitos para defender os mais necessitados” – classificou Freitas.


Tribuna do Juruá


 


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