Pescadores pede revisão de Decreto que dificulta seguro defeso

Os pescadores acreanos pedem revisão do Decreto 8.967/17, que proíbe a concessão do benefício do seguro defeso nas localidades que tenham  alternativas de pesca de outras espécies não ameaçadas de extinção. Porém, as mudanças serão estabelecidas pelos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.   O decreto veda ainda a concessão do  benefício para pescadores ribeirinhos e indígenas que praticam a atividade pesqueira para fins de consumo doméstico.  “Partido deste entendimento, só poderá receber o abono, só  pescadores ligados a atividade comercial, que não é o caso da ampla maioria dos pescadores da região Norte”, desabafou no dia de ontem, o presidente da Colônia de Pescadores de Cruzeiro do Sul, Elenildo de Souza.


A Colônia conta com 2 200 pescadores, mas apenas 1 500 conseguiram receber o abono do seguro defeso. “Com as novas regras muitos sócios ficarão impedidos de sacar o benefício de um salário mínimo, porque são pescadores que comercializam a produção com os barcos pesqueiros que percorrem as cabeceiras do rio Juruá”, destacou.


Os deputados federais, ligados ao setor pesqueiro, criaram um Grupo de Trabalho para negociar com o governo Temer  a revisão do decreto que alterou as regras de concessão do seguro-desemprego aos  pescadores artesanais na época piracema (período de reprodução das espécies).  Apesar do apelo dos pescadores acreanos ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),  Blairo Maggi,  segundo ele, o  governo federal  instituiu um Grupo de Trabalho (GT) para preparar  o processo de transferência da Secretaria Extraordinária de Aquicultura  e Pesca ao  Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). C


om isso, o MDIC ficará responsável pela política nacional para o fomento da pesca e a aquicultura, inclusive de sugerir medidas que  garanta a sustentabilidade da atividade pesqueira no país. “Estamos retornando a Brasília para cobrar dos parlamentares no Congresso Nacional, revisão desta proposta draconiana”, informou o presidente da Colônia de Pescadores do Vale do Juruá


O superintendente regional do Mapa, Luziel de Carvalho explicou que a medida é apenas o  cumprimento ao Decreto nº 9.004\.2017 que transfere a Secretaria (ex-Ministério da Pesca e Aquicultura) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA para o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC.  Em contrapartida, o pagamento de benefício do seguro defeso, segundo Luziel,  ficará sob a responsabilidade da superintendência regional do Instituto Nacional do Seguro Social. “Por enquanto, a nossa única atribuição é conceder os registro de pescadores artesanais, mas até segunda ordem”, finalizou Luziel. Com informações atribuna


 


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