O ex-ministro Antônio Palocci acaba de anunciar a contratação de um novo advogado para negociar sua delação premiada. A informação é do programa Estúdio I, da Globo News, O criminalista Adriano Bretas assumiu a defesa do ex-ministro da Casa Civil na Lava-Jato. A mudança atende aos novos interesses de Palocci, que iniciou tratativas para um possível acordo de delação premiada. Bretas atua em parceria com o também criminalista Tracy Reinaldet, que deverá conduzir a negociação do acordo.
O que isso tem a ver com o governador Tião Viana e seu irmão, o senador Jorge Viana?
Na 35ª fase da Operação Lava Jato, que conduziu coercitivamente para depor o consultor Márcio Antônio Marucci, um ex-assessor do Senado ligado ao senador Jorge Viana (PT/AC), os nomes dos irmãos Viana foram citados como suspeitos de ter relação com propina negociada pelo ex-ministro da Fazenda e Casa Civil Antonio Palocci, com a empreiteira Odebrecht.
Segundo reportagem do jornal O Estadão, Jorge – irmão do governador do Acre, Tião Viana (PT) – não é alvo da Operação Omertà, nome da 35ª fase. As suspeitas dos investigadores é que ele seja “o menino da floresta” identificado na planilha do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, tratado pelos investigadores como o “departamento da propinas”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin autorizou, no último dia (11) a abertura de inquéritos para investigar o governado do Acre, Tião Viana (PT) e o senador Jorge Viana (PT), com base nos depoimentos de delatores Odebrecht por suposta solicitação de propinas e doações de caixa 2 à empreiteira.
Ex-ministro do governo Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, Palocci é o primeiro da cúpula petista a sinalizar com a possibilidade de dizer o que sabe. Até agora, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado a mais de 40 anos na Lava-Jato, se manteve em silêncio. Palocci sinalizou com a possibilidade de delação conjunta, mas o advogado de Vaccari é contra.
Tião Viana e Jorge Viana afirmam que não têm nada a ver com as denúncias e que acreditam na Justiça. Tião Viana em sua defesa, disse que nunca se encontrou ou negociou nenhum tipo de propina com Marcelo Odebrecht.
O senador Jorge Viana disse que não há nenhuma denúncia de corrupção contra ele e o irmão, mas questionamentos sobre a arrecadação da campanha em 2010. “Vamos provar na Justiça o que dissemos antes: nossas campanhas foram dentro da lei e feitas com dinheiro limpo”, disse Viana. com informações Jairo Carioca