Aos três anos, Débora Vasconcelos enfrenta uma leucemia e precisa com urgência encontrar um doador de medula óssea. A pequena, que é nasceu na cidade de Rodrigues Alves, no interior do Acre, vive na capital Rio Branco desde que descobriu a doença quando tinha apenas quatro meses de vida. Emocionada, a mãe Luíza Silva, de 28 anos, pede apoio para encontrar um doador.
“A única esperança que a gente tem é esse transplante. Faço esse apelo para quem puder ajudar minha filha, peço que vá ao Hemoacre. Esse procedimento, pode salvar não só a vida dela, mas também de outras crianças, que precisam. Tem tanta mãe desesperada nesse mundo como eu estou, precisando dessa ajuda. É só cinco mililitros de sangue em uma agulhada, e ela todos os dias leva até 15 agulhadas, e só tem três anos”, diz a mãe.
Luíza lembra que a filha começou a apresentar uma febre constante, vômito e a barriga estava inchada, quando resolveu levá-la ao hospital de Rodrigues Alves, na cidade onde moravam. Lá, ela foi tratada como se estivesse com uma infecção, porém piorou e foi para Cruzeiro do Sul, onde foi diagnosticada com a leucemia.
“Fomos para Rio Branco e foi tudo muito difícil. Ela passou por todos os exames novamente e foi confirmada a doença. Desde então, ela começou a fazer quimioterapia. Vim com meu marido e um filho de quatro anos, mas o pai deles não quis ficar aqui e foi embora. Estou há três anos em Rio branco sozinha com as crianças e me mantenho só com a aposentadoria dela. É muito difícil”, lembra.
A pequena Débora passa por sessões de quimioterapia há quase três anos. Segundo a mãe, o quadro da menina se agravou e o os médicos analisam qual deve ser o próximo passo do tratamento, já que ela iria começar a radioterapia, mas a doença voltou.
“Em julho do ano passado ela já estava acabando o tratamento, quando a doença voltou. Aí começou a fazer as quimioterapia de seis meses, e a última internação foi na quarta-feira (5), mas ela começou a sentir dor de cabeça e dor nos olhos, fizeram um procedimento de retirada de líquido da coluna dela, depois disso, o exame apontou que a doença voltou. E agora, não sei o que vão fazer “, conta Luíza.
Desesperada, a mãe diz que a vida de Débora foi dentro de hospital e que ela pede todos os dias para ser curada. “O que mata mais a gente como mãe é que ela sempre me pedir para ser curada e eu não poder fazer nada. A gente se sente inútil nessas horas”, lamenta.
Cadastro para ser doador
Para fazer o cadastro de medula óssea, é necessário estar bem de saúde, ter entre 18 e 55 anos e não ter doenças infecciosas (hepatite, Chagas, HIV, sífilis) e outros problemas como diabetes, câncer e doenças específicas do sangue.
Os voluntários preenchem um formulário com informações pessoais. Em poucos minutos é retirada apenas uma amostra com 5 ml de sangue. O material é encaminhado para o teste de Histocompatibilidade (HLA), que verifica as características genéticas entre o doador e o receptor inscrito no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme).
Sobre o sistema
O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea ( (Redome) é um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para arquivar informações de possíveis doadores de medula óssea. O registro reúne informações básicas do candidato à doação de medula e especificidades como resultados de exames e características genéticas que facilitam a busca de compatibilidade entre doadores e receptores.
Quando um receptor não possui um doador aparentado, é feita uma busca no Redome de cadastros que possam ser compatíveis, para que seja feito o transplante da medula. Com informações do g1acre