A Polícia Civil do Acre investiga a possibilidade do estudante de psicologia Bruno Borges, de 24 anos, desaparecimento desde o dia 27 de março,ter saído do estado. O secretário adjunto de polícia, Josemar Portes, não confirma se o jovem chegou a passar pelo aeroporto ou rodoviária de Rio Branco, mas quando questionado se a polícia tem indícios que levaram a essa conclusão o secretário é categórico: “pode ter, mas não vamos divulgar”.
Portes afirma que todas as linhas de investigação ainda são mantidas abertas. Porém, a que tem sido preponderante até o momento é que o sumiço de Bruno se deu por “ato voluntário, sem nenhuma espécie de coação ou constrangimento”.
“O que posso afirmar é que algumas [linhas] se demonstraram mais viáveis que outras. Ainda não eliminamos a possibilidade de ter havido crime, muito embora ela esteja cada dia mais afastada. Alguns detalhes não estamos divulgando, mas temos métodos e o acesso a videomonitoramento [de aeroporto e rodoviária] é um deles. É uma possibilidade ele ter saído do estado, mas não é comprovada”, complementa.
O caso tem chamado a atenção devido às mudanças feitas pelo acreano no quarto da casa onde mora, na capital acreana. No local, ele deixou uma estátua do filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600), por quem tem grande admiração, comprada por R$ 7 mil, e 14 livros criptografados. Alguns deles copiados nas paredes, chão e teto do cômodo.
Segundo o secretário, a maioria das pessoas que fazem parte do convívio de Bruno já foi ouvida – algumas prestaram informações mais de uma vez. Portes, no entanto, não divulgou quantos depoimentos sobre o desaparecimento foram colhidos pela polícia.
“Sua rede de convivência não é tão grande. Familiares e parentes próximos, todos foram ouvidos e alguns mais de uma vez. Temos que desvendar, localizá-lo para confirmar que ele está bem, torcemos para que tudo seja decorrente de um ato de vontade própria”, acrescenta.
Portes salienta que os escritos ainda não são usados na tentativa de elucidar o sumiço de Bruno. “Do ponto de vista da polícia, é um dado a mais na investigação. Nosso foco principal é que ele se afastou do convívio familiar e temos que verificar se foi realmente um ato voluntário ou se movido por outra força externa qualquer”, ressalta. Com informações g1acre