O piloto italiano Claudio Grigoletto, que cumpre pena de 30 anos de prisão pelo assassinato da brasileira Marília Rodrigues (foto), foi condenado nesta sexta-feira (21), em primeira instância, a um ano de reclusão por calúnia.
Antes de confessar o homicídio, Grigoletto havia tentado incriminar um amigo totalmente estranho aos fatos. A acusação havia pedido uma pena de seis anos e seis meses de cadeia, mas ainda cabe recurso de ambos os lados.
O homicídio aconteceu no dia 29 de agosto de 2013, na cidade de Gambara, norte da Itália. Marilia era amante e funcionária do piloto em sua empresa de aviação, a Alpi Aviation do Brasil, e esperava um filho dele. De acordo com o réu, a morte ocorreu depois de uma discussão sobre o apartamento que os dois procuravam para viver juntos.
“Marília tinha uma tesoura nas mãos e tentou me atingir na garganta, então eu a peguei por um braço e a derrubei. Ela se chocou contra o batente da porta e começou a perder sangue da cabeça. Suas pernas tremiam, então eu coloquei as mãos no seu pescoço e o apertei”, contou Grigoletto em uma das sessões do julgamento.
Ele também disse que, antes de cometer o crime, pensou várias vezes em se suicidar por conta das dificuldades econômicas que enfrentava e porque estava cada vez mais difícil esconder o caso com a brasileira de sua esposa, com quem tem dois filhos.
Atualmente, Grigoletto está preso em uma penitenciária de Bollate, também no norte da Itália. (ANSA)