Divulgação de delações da Odebrecht pode paralisar o Congresso

A divulgação da lista do ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STF) e relator da Lava-Jato, Edson Fachin, e as delações da Odebrecht prometem balançar os ânimos no Congresso. No entanto, embora o discurso dos parlamentares é manter a “normalidade” nas votações, nesta quarta-feira (12), devem ser divulgados os os áudios e vídeos com as falas dos delatores e, provavelmente, a Câmara e Senado poderão paralisar no andamento dos trabalhos.


Na terça (12), a Câmara e o Senado não se manifestaram sobre o conteúdo das delações premiadas da Odebrecht, Eunício manteve as votações previstas para o dia e, no plenário, o assunto foi ignorado. A lista de Janot não foi citada por nenhum senador e, somente depois das votações, foram se recolher em seus gabinetes para estudar os inquéritos.


Segundo o jornal O Globo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), alvo de um dos pedidos de inquérito, afirmou que a “Lista de Fachin” não atrapalhará a agenda de votações no Congresso.


Porém, depois da divulgação dos pedidos de inquérito, Maia suspendeu a sessão de votação do projeto de renegociação das dívidas dos estados. O presidente da Casa alegou falta de quórum para encerrar a sessão. O plenário, que chegou a registrar 446 presenças, foi rapidamente esvaziado após a notícia.


ACUSAÇÕES


A lista de Fachin inclui os nomes dos presidentes da Câmara e do Senado. Há pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra eles.


O jornal O Globo destaca que Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (Al), também acusados receber pagamentos por causa da aprovação de MPs.


Eunício Oliveira é acusado pelo ex-executivos da Odebrecht de ter recebido R$ 2 milhões para atuar na aprovação de medidas provisórias que interessavam à empreiteira. Com informações atribuna


 


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