A Chapecoense soltou uma nota nesta quinta-feira (13) repudiando os cantos entoados pela torcida do Porto (POR) durante um jogo de handebol na última quarta (12). Neles, os portistas provocaram os benfiquistas com uma referência ao desastre aéreo da Chape: “Quem me dera se o avião da Chapecoense fosse do Benfica”.
Em nota, a Chapecoense lamenta os “tristes acontecimentos” e diz que os cantos “não são próprios de pessoas de bem e do meio esportivo, cujo ambiente deve ser sempre de respeito e solidariedade ao adversário e não de propagação de ódio”.
A posição da torcida foi rebatida oficialmente pelo próprio Porto e por seus dirigentes. Em sua conta no Twitter, o diretor de comunicação do clube, Francisco Marques, pediu “bom senso” da torcida.
Também nesta quinta-feira (13), a própria torcida organizada do Porto, chamada “Super Dragões”, garantiu que o canto não voltará a ser repetido nos próximos eventos esportivos.
“A letra da música entoada no dia de ontem [quarta, 12] no referido jogo não é mais do que uma sátira sem quaisquer consequências reais. Ainda assim, e por percebermos que a mesma foi interpretada como ofensiva, quer a direção esclarecer que não vai se vai repetir. Já por diversas ocasiões demos mostras de respeito pelos adversários e vidas humanas, como nos vídeos em que o nosso líder exige respeito pelo minuto de silêncio em memória de Eusébio após o seu falecimento”, diz a nota publicada no Facebook.
Confira a nota da Chapecoense:
“A ASSOCIAÇÃO CHAPECOENSE DE FUTEBOL, em relação aos tristes acontecimentos ocorridos nesta semana em Portugal, quando uma parte da torcida do Clube do Porto, em disputa esportiva local, incitou o público presente, fazendo referência desairosa e ofensiva ao acidente do voo da Chapecoense, entoando canto agressivo e de desrespeito à memória dos mortos e do Clube, na lamentável tragédia ocorrida na Colômbia, manifesta-se com profundo pesar sobre tais fatos, que não são próprios de pessoas de bem e do meio esportivo, cujo ambiente deve ser sempre de respeito e solidariedade ao adversário e não de propagação de ódio e cizânias, mormente nos conturbados tempos atuais da humanidade.No futebol, como em qualquer disputa no campo esportiva, deve se sobrepor o primado da ética e da solidariedade humana, sempre em busca do congraçamento e da felicidade das pessoas e dos povos, aliás, estes os objetivos maiores da vida.Por fim, a Chapecoense, concita seus Clubes irmãos de Portugal e de todo o mundo para que disseminem o congraçamento, respeito e concórdia nas relações esportivas.Chapecó, SC, Brasil, 13 de abril de 2017.A Diretoria:PLÍNIO DAVID DE NES FILHO – PRESIDENTEIVAN TOZZO – VICE PRESIDENTE ADMINISTRATIVO E FINANCEIROLUIZ ANTÔNIO PALAORO – VICE PRESIDENTE JURÍDICOLUIZ ANTÔNIO DANIELLI – VICE PRESIDENTE MARKETING E PATRIMÔNIONEI ROQUE MOHR – VICE PRESIDENTE DE FUTEBOL”