Na sessão de ontem (20) na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre, os desembargadores analisaram e votaram os embargos declaratórios apresentados pela defesa do vereador Carlos Juruna (PSL), foragido da justiça desde o mês passado.
A defesa, representada pelo advogado Valdir Perazzo, requereu junto ao TJ, o pedido de modificação do acordon no qual o vereador foi condenado a nove anos e cinco meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e tráfico de influência.
No pedido, explicou Perazzo, a defesa requereu que fosse anulada a condenação porque segundo o advogado, não existem elementos que comprovem a prática do delito.
O primeiro a votar foi o desembargador Pedro Ranzi que se manifestou contrário ao pedido da defesa. Em seguida, o desembargador Laudivon Nogueira pediu vistas do processo|, ou seja, mais tempo para analisar a matéria e só então se manifestar.
O presidente da Câmara Criminal, Samoel Evangelista decidiu antecipar seu voto e também foi contrário a modificação do acordon. Desta forma, mesmo que o voto de Nogueira seja favorável ao pedido da defesa, o processo não sofrerá alteração e o mandado de prisão do vereador continua valendo.
Valdir Perazzo, apesar do resultado negativo, considerou que o pedido de vistas pode favorecer a defesa uma vez que o mérito postulado passa a ser discutido. O que o advogado não gostou foi ter sido indagado se o vereador irá continuar foragido.
Ao ser perguntado por jornalistas se Juruna iria se entregar, Perazzo, irritado, disse que não discutia esse mérito e sugeriu que a imprensa fizesse essa pergunta ao próprio foragido.
Manifesto de camelôs
Enquanto os desembargadores julgavam o ¨caso Juruna¨, dezenas de camelôs realizaram um manifesto pacífico na frente do prédio do Tribunal de Justiça. Empunhando cartazes, os apoiadores do vereador pediam até a revogação do mandado de prisão. Alguns chegaram a afirmar que Juruna vem sendo alvo de uma campanha de perseguição.