Desde o primeiro mandato do governador Tião Viana, o Acre passa por uma transformação no setor produtivo. Os investimentos assegurados e alianças público-privado-comunitárias promoveram a criação de indústrias agroflorestais e de proteína animal, que têm mudado a realidade e a renda dos acreanos do campo. Dom Porquito e a Peixes da Amazônia são exemplos dessa recente transformação industrial.
O frigorífico da empresa Dom Porquito é considerado pela Associação Brasileira de Suínos o mais moderno em tecnologia do Brasil. De lá, sai uma variedade de cortes sob a marca Mister Pig, que abastece o mercado local e estados como Rondônia, Amazonas e Roraima. Recentemente a direção fechou um contrato de exportação para Hong Kong.
Para isso, as indústrias precisam passar por rigorosas análises e certificação nacional e internacional. “O processo é muito rigoroso e passa por muitas etapas, como construção civil, equipamentos, estruturas, programas de controle e de monitoramento, são avaliados”, afirma Paulo Santoyo, diretor-presidente da Dom Porquito.
A partir de março, a empresa mandará dois contêineres mensais para Hong Kong, cada um com 28 toneladas de produtos diversos de suíno, por um período de dois anos.
Fruto de um trabalho intenso pela sanidade animal, realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), o Acre conseguiu em 2016 o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal como zona livre da peste suína clássica. Isso é uma dos requisitos para que a carne produzida possa ser exportada para outros países.
Na piscicultura, a Peixes da Amazônia também está ampliando seu mercado internacional. O Serviço de Inspeção Federal (SIF) autorizou que pescado do estado seja exportado para os Estados Unidos.
O diretor da empresa, Fabio Vaz, salienta que a demanda aumentará e precisa ser atendida. “Essa aprovação joga a responsabilidade para cima da gente. Estamos com representantes em Boston, nos Estados Unidos. Os pedidos por peixes novos, principalmente da nossa região, vem crescendo, a fábrica já aumentou em 100% em relação à demanda do ano passado”, afirma Vaz.
A Peixes da Amazônia já fornecem pescado para os mercados de Fortaleza, São Paulo, Brasília e Peru, além do mercado interno acreano. Em 2016, a indústria processou quase duas mil toneladas, fornecidas por cerca de 58 produtores. Com informações atribuna