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Ovinos: há oportunidades de bons lucros na região

Com um rebanho superior a 200 mil cabeças de ovinos, o projeto ‘Cordeiros da Amazônia’ se tornou uma atividade sustentável. Uma parceria formada entre o governo do Acre e iniciativa privada para atender o mercado interno que ainda importa 60% do que consome conforme relata Adalberto José Moreto, proprietário do frigorífico Anasara, localizado na área rural de Rio Branco capital acriana.


Com investimentos de R$ 1,5 milhão, o objetivo do proprietário do moderno frigorífico construído numa área de mil e 300 metros quadrados, cumprindo tudo que determina a legislação vigente, aguardando a liberação do Sistema de Inspeção Federal (SIF) pelo Ministério da Agricultura, para até o final de agosto atender, além da região Norte, com carne de ovinos de primeira qualidade os mercados de Brasília e São Paulo.


Produto acriano aprovado


Frisa Luciana Mendonça, diretora executiva do empreendimento, que clientes inclusive de Rondônia e outras regiões do País que já provaram o produto acriano, realizam pedidos pela internet elogiando o sabor, a maciez e baixa camada de gordura da carne dos cordeiros, a grande maioria criada a pasto e confinamento com ração balanceada. Abatidos aos cinco meses de idade com uma carcaça pesando entre 15 e 17 quilos de carne, ao preço na faixa de R$ 15,00 o quilo.


Com capacidade para bater 120 animais/dia, com estrutura que pode chegar aos 400, gerando 20 empregos diretos, atua com Inspeção Estadual. O processo de produção é moderno e não deixa nada a desejar aos frigoríficos de ovinos instalados na Sul do País. O empreendimento familiar teve início há 10 anos, quando foram adquiridos em São Paulo, 14 reprodutores da raça Dorper e Santa Inês para cruzamentos com fêmeas sem raça definida nas pequenas e médias propriedades rurais.


Melhoramento genético apresenta bons resultados


Encarapitados num caminhão transportando os 14 reprodutores, acompanhados pelosveterinários Adalberto José Moreto e Luciana Mendonça passaram a visitar aos finais de semana as propriedades rurais onde depois dos testes genéticos, um reprodutor era deixado por vinte dias para cruzar com às fêmeas pé duro, da região iniciando assim o projeto ‘Cordeiros da Amazônia’. O rodízio nas propriedades, a cada 20 dias, acabou surtindo o efeito desejado.


Dos resultados destes cruzamentos naturalmente surgiu um projeto de melhoramento de uma raça de ovinos próprios para atender o mercado. Animais rústicos que podem ser criados de maneira intensiva e extensiva, dependendo das condições de cada propriedade e necessidade do produtor. Carne de boa qualidade, mercado amplo e oportuno, tudo que o Acre produz tem comércio garantido.


Em 2013, o governo do Estado entrou na cadeia produtiva da ovinocultura, colocando a carne na merenda escolar, garantindo estradas, incentivando a produção e condições de transportes dos animais. “Resultado, o Acre está se tornando referência nacional na produção da carne de carneiro”, aduziu Luciana Mendonça. Com informações atribuna


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