A agricultora Deuvanir Marçal de Souza, de 35 anos, relata que há quatro meses busca uma consulta com o ortopedista para tratar a filha de apenas seis meses que foi diagnosticada com pé torto congênito. A mãe diz que tinha uma consulta marcada no Hospital das Clínicas, em Rio Branco, na quinta-feira (16), mas ao chegar na unidade foi informada de que o atendimento foi remarcado e deveria aguardar uma ligação do hospital informando a nova data.
A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou que o atendimento para esse tipo de serviço está normalizado. Neste caso específico, a equipe do hospital afirmou que tentou contato telefônico com a responsável pela criança nos números fornecidos, mas não teve êxito, o que impossibilitou o agendamento.
A consulta da criança foi agendada para a próxima terça-feira (21), às 14 horas. A mãe da criança informou, neste sábado (18), que recebeu a ligação da unidade e está ciente do agendamento.
Apesar de o atendimento ser remarcado, Deuvanir lamenta a demora e teme que após tanto tempo sem tratamento a filha tenha de passar por um procedimento cirúrgico. “Quando ela estava fazendo o tratamento o pezinho dela teve uma grande melhora, mas agora que parou acredito que vai precisar de cirurgia. Toda vez que vamos lá eles remarcam e nem vemos o médico”, lamenta.
A mãe relata ainda que a família mora na zona rural do município de Acrelândia, interior do Acre, e fica hospedada em casa de parentes de amigos em Rio Branco. “Eu moro em um ramal e esses dias está chovendo muito e após vir para Rio Branco fiquei impossibilitada de voltar, não tinha como entrar na estrada de barro. Tive que ficar de favor na casa dos outros, um horror. Espero que a situação seja resolvida”, finaliza.
Entenda o caso
Em matéria publicada em 12 de janeiro, a mãe relatou que não havia ortopedistas na rede pública para atender a filha. Segundo ela, o tratamento da filha era feito no pronto-socorro de Rio Branco, mas foi transferido para o Hospital das Clínicas onde as consultas passaram a ser remarcadas.
Na época, a Sesacre informou que o médico que atendia no pronto-socorro estava de férias e que a mãe deveria procurar o Hospital das Clínicas para checar a situação da criança e agendar o atendimento.
Porém, no mês seguinte, Deuvanir voltou a reclamar da demorar para marcar a consulta da bebê e afirmou que procurou a unidade para agilizar o atendimento, mas não teve sucesso. A coordenação do ambulatório do hospital explicou que a consulta da criança, que buscava atendimento desde novembro de 2016, foi agendada para dezembro do ano passado, mas devido à fila de espera ficou prevista para o mês de março.
Em 16 de março, a família retornou à unidade e novamente não conseguiu o atendimento. A consulta, segundo a Sesacre foi remarcada para a próxima terça-feira (21), às 14h. Com informações g1acre