Após mais de dez anos da queda do voo 1907 da Gol no meio da floresta amazônica no Mato Grosso, uma comunidade indígena deve receber em até 60 dias uma indenização de R$ 4 milhões por danos ambientais, materiais e imateriais. O acidente aéreo matou 154 pessoas.
O acordo extrajudicial, intermediado pelo Ministério Público Federal, foi assinado no dia 17 de março entre representantes da empresa e lideranças indígenas.
O dinheiro será depositado após a homologação http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa do termo em uma conta bancária controlada pelo Instituto Raoni. O Ministério Público Federal e a Funai (Fundação Nacional do Índio) vão fiscalizar o uso do dinheiro.
Segundo a alegação da comunidade indígena, a permanência dos destroços do voo inviabiliza o uso de uma grande porção de terra dentro de uma reserva indígena. De acordo com as crenças do povo caiapó, as mortes ocorridas naquele local não permitem o uso da terra para caça, pesca e habitação.
Em 29 de setembro de 2006, o Boeing da Gol se chocou com o jato Legacy da empresa americana ExcelAire, que havia decolado de sua fábrica no interior paulista, e causou a morte de 154 pessoas. Os cinco ocupantes do jato não se feriram. Embora condenados no Brasil a três anos e um mês de prisão, os dois pilotos do Legacy estão soltos nos Estados Unidos.
Logo após a tragédia, soube-se que os radares do sistema aéreo brasileiro não eram capazes de cobrir todo o território nacional e que os rádios não alcançavam os pilotos em determinadas áreas do país, naqueles “vácuos” chamados de “buracos negros” da aviação.
Segundo investigação da Aeronáutica, a colisão do Legacy com o Boeing da Gol só foi possível graças a uma sequência de erros dos controladores de voo e ao desligamento, pelos pilotos, do sistema de transponder do Legacy, que informa ao radar do controle aéreo a altitude correta do avião e dá o sinal de alerta diante da aproximação perigosa de outra aeronave. Com Informações correio do Estado.