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A façanha do homem que cruzou o Atlântico com um remo sobre uma prancha adaptada

Ele se chama Chris Bertish, tem 42 anos e acabou de fazer história: cruzou sozinho o oceano Atlântico em uma prancha de stand-up paddle adaptada.


O sul-africano completou a façanha nesta quinta-feira, após passar 93 dias em mar aberto, percorrendo 4,5 mil milhas náuticas (cerca de 7,5 mil quilômetros) com a ajuda de uma prancha e um remo.


A viagem começou no dia 6 de dezembro do ano passado, quando Bertish deixou o porto de Agadir, no Marrocos. Sua localização foi monitorada via satélite durante toda a travessia, que incluiu uma passagem nas margens das Ilhas Canárias espanholas antes de entrar no Atlântico.


Na manhã desta quinta-feira, Bertish avistou terra firme e desembarcou na Ilha de Antígua, do país caribenho Antígua e Barbuda.



No trajeto, ele bateu um novo recorde: o de maior distância percorrida por uma pessoa sem ajuda em mar aberto – 71,96 milhas (cerca de 115 quilômetros).


Conhecido por surfar ondas gigantes, Chris Bertish pratica a modalidade de travessia em stand-up paddle, em que o atleta rema de pé sobre uma prancha.


“Quanto mais tempo você puder passar no oceano, não importa a modalidade, melhor. Sou um homem da água e o oceano é minha inspiração. É onde eu realmente me sinto vivo, à vontade, feliz, e livre”, diz.


Como ele conseguiu?


Bertish usou uma prancha com um compartimento na parte da frente, onde podia se abrigar para descansar, nos momentos de mau tempo e à noite.


A prancha foi projetada sob medida para ajudar o sul-africano a manter a direção, apesar das altas ondas do mar aberto.



Havia ainda dois painéis solares que abasteciam o equipamento eletrônico que permitia a Bertish seguir o GPS, além de um rádio, um telefone via satélite, um computador, um radar e outros dispositivos.
Com isso, ele conseguiu compartilhar várias fotos da sua jornada no Facebook, em que foram registrados dias de sol e tempestade, navios e até um tubarão.


Ele também tinha um compartimento para armazenar água e comida, além de suprimentos de emergência, para sobreviver mais de 50 dias em alto-mar.


Em várias ocasiões, as condições meteorológicas fizeram com que retrocedesse, como se pode observar analisando o dia a dia da sua jornada. Mas Bertish nunca desistiu.


A viagem também serviu para arrecadar US$ 400 mil (R$ 1,26 milhão) de patrocinadores, que serão destinados a instituições de caridade, conforme ele explica em seu site.


Bertish espera construir cinco escolas na África do Sul, criar um fundo para alimentar crianças e outro para custear cirurgias infantis de lábio leporino. G1 Mundo



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